MAIORIA DO MPLA VENCE: DIVISÃO POLÍTICA-ADMINISTRACTIVA DAS PROVÍNCIAS JÁ EM DIÁRIO DA REPÚBLICA – OPOSIÇÃO “ACANTONADA”

O município da Ingobota passa a ser a sede da província de Luanda, com Luanda a preservar o estatuto de capital do País, no âmbito da nova divisão politico-político-administrativa das províncias.
ANA MENDES
De acordo com diploma, já publicado em Diário da República, citado pelo Jornal de Angola, o País passa a contar, agora, com 21 províncias, 326 municípios e 378 comunas.
A capital do País passa a contar com os municípios de Cacuaco, Ingombota, Viana, Cazenga, Belas, Kilamba Kiaxi, Talatona e Luanda.
A outra província separada de Luanda, que é Icolo e Bengo, com sede em Catete, passa a dispor dos municípios do Icolo e Bengo, Cabo Ledo, Calumbo, Quissama, Cabiri, Bom Jesus e Sequele.


Refira-se que a Proposta do Executivo, que previa, inicialmente, a criação de duas novas províncias, das 18 já existentes, que nasceriam com a divisão do Moxico, passando a ter Moxico e Kassai Zambeze, e da província do Kuando kubango, dividida em Kuando e Kubango, conta agora com mais uma região, perfazendo 21, resultado da repartição de Luanda, que deu origem à província do Icolo e Bengo.
O parlamento aprovou o diploma com 97 votos a favor, 66 contra (UNITA) e cinco abstenções, dos partidos de Renovação Social (PRS), FNLA e Humanista de Angola (PHA).
O deputado Mário Pinto de Andrade, do Grupo Parlamentar do MPLA, que apresentou a declaração de voto do partido na altura, referiu que o poder assim age por estar em perfeita harmonia com o programa do Governo e com o Plano de Desenvolvimento Nacional para o período 2023-2027.
Disse que o MPLA acredita no desenvolvimento equitativo do País, na redução das desigualdades, no combate à pobreza, assim como nas assimetrias regionais, na medida em que a divisão de Luanda, Moxico e Kuando Kubango deverá “encurtar” a distância dos cidadãos na redução dos problemas.
O deputado Américo Chivukuvuku, da UNITA, que expôs a declaração de voto, contou que o partido do “galo negro” votou contra porque os objectivos e os princípios preconizados com a presente proposta não serão alcançados, enquanto os paradigmas e a cultura de governação centralizada serem as mesmas que ao longo dos anos, o que produziu “pobreza multidimensional”.
O deputado acrescentou ainda que a UNITA considera que a Divisão Político-Administrativa “é um elemento que não envolve os interesses dos cidadãos, famílias e empresas”.

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