FUNCIONÁRIO DO BNA JOSÉ JOÃO INTIMIDA JORNALISTAS DO HORA H

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O funcionário do Banco Nacional de Angola que atende pelo nome de José João, intimidou, na passada semana, os jornalistas deste órgão de informação quando este foi abordado pelos profissionais dando-lhe o direito a prestar informação sobre uma acusação que pesa a seu desfavor

HARIETT MILAGRES

José João é acusado de desrespeito a orientação de Marinela Martins do Amaral, ex-administradora do BNA e despediu abusivamente o funcionário Adérito Ambriz da referida instituição sem justa causa.

No ano de 2005, Adérito de Carvalho Ambriz, lesado, foi sancionado pela direcção do BNA à baixa de categoria e redução dos ordenados por um prazo de seis meses por este, supostamente ter obtido um crédito no valor 72 mil kwanzas para suprir as despesas do óbito de sua esposa falecida no mesmo ano.

Segundo disse, José João que na altura era o responsável do departamento jurídico da  referida instituição bancaria, acuso-o ter falsificado o boletim de óbito no sentido de puder obter o crédito.

Eis a razão que levou a sanção disciplinar pela responsável Marinela Do Amaral que nessa altura estava era interinado governador do Banco Nacional de Angola Amadeu De Jesus Maurício que se encontrava de férias no exterior do país.

Entretanto, José João, fazendo-se valer da posição que ocupava, decidiu por si mesmo passar por cima da entidade máxima do BNA, descartando completamente a decisão da responsável tendo ocultado o despacho executado pela entidade e elaborado um documento de despedimento imediato.

“O camarada José João, ocultou o documento que foi elaborado pela governadora interina que dizia que apenas eu deveria ser sancionado, redução de salário e baixa de categoria durante seis meses, mas ele decidiu me despedir sem justa causa.” Disse.

Porém, ao longo desse período, o visado tem vindo a lutar pela justiça mas, explica, tem vindo a encontrar muitas barreiras no andamento do processo.

Conta ainda, tão logo recebeu a notícia de que já não fazia parte do pessoal da empresa bancaria, procurou Eugénio Lima, advogado, que no caminhar das coisas, notou que o defensor abandou o processo, ao ponto de ser arquivado no tribunal da primeira instância.

“Mas tarde eu me apercebi que afinal, o advogado Eugénio Lima e o José João são grandes amigos e são colegas no IMEL e dois leccionam a mesma cadeira, é por isso que ele abandonou o processo no tribunal.” Disse.

Diante desse dilema, Adérito seguiu firme e resolveu arranjar um novo defensor para seguir o processo.

Porém, tendo conseguido o novo advogado, este formalmente pediu a Juíza responsável pela secção para estes assuntos de modos a desarquivar o processo, mas esta por sua vez, não respondeu as mais de 10 cartas recebidas.

José João, não tratou de informar a governadora interina nem ao responsável dos recursos humanos sobre a sua decisão ou, ao menos informar as estâncias superiores da instituição que o trabalhador Adérito não faz parte dos efectivos do Banco. Ocultou a informação até a saída desses do BNA.

O cidadão José João, encontra-se impune até ao momento pela medida drástica e criminosa que tomou.

A equipa do Jornal Hora desloucou-se até ao Banco Nacional de Angola no sentido de ouvirmos o acusado, mas este, disse que não conhece Adérito Ambriz de parte alguma e com intimidações, disse aos jornalistas que tomassem o máximo cuidado fazendo entender que os reportes estavam metidos com um advogado de alta referência.

“Vocês tomam muito cuidado com isso que estão a fazer, muito cuido mesmo, vocês estão metidos com advogado de alta referência.” Disse.

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