A província de Luanda necessita de mais de 500 escolas do ensino primário, com pelo menos 12 salas de aula cada uma, para a inserção de novos alunos em cada ano lectivo, revelou, nesta quarta-feira, 28, no bairro Boavista, o governador provincial.

Manuel Homem falava após à inauguração da Escola Primária n.º 1.221, no distrito urbano da Ingombota, município de Luanda, construída de raiz, com o patrocínio do Grupo Naval.

“Luanda precisa de, pelo menos, mais 500 escolas para dar resposta à necessidade que temos para as crianças poderem ter um ensino condigno”, disse o governador, anunciando a continuidade, na província, das obras para a ampliação e apetrechamento de outros estabelecimentos de ensino do primeiro e segundo ciclos.

Com a inauguração da nova escola, no bairro Boavista, Manuel Homem acredita que a qualidade de ensino vai melhorar para os alunos do distrito urbano da Ingombota.

“Temos consciência que a pressão no sistema de ensino da província de Luanda ainda é muito grande. A obra vai, certamente, dignificar a qualidade de ensino que temos que continuar a promover para as nossas crianças e alunos na província de Luanda”, salientou.

Até ao ano lectivo 2022/23, a província de Luanda tinha mais de um milhão de crianças fora do sistema de ensino, revelou o governador que apelou aos responsáveis de outras empresas públicas ou privadas a abraçarem o gesto do Grupo Naval, no âmbito da responsabilidade social das instituições.

“Há necessidade de podermos dar, cada vez mais, infra-estruturas sociais, não só na Educação, mas também para outros segmentos como a Saúde e Assistência Social”, disse.

Na parte final do discurso, o governador apelou, também, aos munícipes da Boavista, para a protecção da nova escola e denunciar os actos de vandalização contra esta e outras instituições de ensino existentes na província de Luanda.

“Vamos todos participar na protecção e melhoria das infra-estruturas sociais que são colocadas à disposição dos munícipes. A vandalização agrava o défice que já temos de salas de aula para dar resposta à necessidade da nossa população”, exortou.

A construção da Escola Primária n.º 1221, com duração de três meses, ficou orçada em 500 mil dólares e tem capacidade para acolher 1.080 alunos, informou o director executivo do Grupo Naval. Segundo Domingos Agostinho, a escola tem uma sala de Informática com dez computadores, uma biblioteca e área administrativa.

Além da construção da escola, disse, o Grupo Naval doou livros, cadernos e outro material didáctico para garantir a qualidade de ensino. “A escolha da Boavista baseou-se na carência de uma infra-estrutura de ensino e no número de crianças em idade escolar sem acesso à Educação. Identificámos uma oportunidade de gerar um impacto positivo nesta comunidade”, justificou.

Domingos Agostinho anunciou que o Grupo Naval pretende expandir, em breve, as suas acções sociais para a construção de centros de saúde e promover projectos para o emponderamento de mulheres e jovens.

Plantação de árvores                                                   

Depois da inauguração da Escola n. º1.221, o governador de Luanda plantou, no local, uma dracena rubra, no quadro do Programa de Arborização de Luanda (PAL).

Na ocasião, Manuel Homem informou que, até 2027, o Governo Provincial de Luanda deve plantar mais de um milhão de árvores de diverso tipo. Desde Dezembro do ano passado, revelou, foram já plantadas 25 mil árvores.

Lançado a 15 de Dezembro do ano passado, pelo governador Manuel Homem, o PAL prevê a plantação de mais de um milhão de árvores até 2027 e cerca de dez milhões, até 2034.

O administrador municipal-adjunto de Luanda para a Área Técnica, Infra-estruturas e Serviços Comunitários, Cláudio Revelas, disse que vão ser plantadas ao longo da rua Aquirino Amézaga 15 árvores.

Em Abril, na reabertura da mesma via, foram plantadas 12 árvores pela Administração Municipal de Luanda, mas as mesmas foram destruídas, lamentou Cláudio Revelas.