A administradora municipal de Quilenda, Elizabeth Monteiro Cajiza Gonçalves, encontra-se no centro de uma polémica após alegações de nepotismo e má administração.

A nossa apurou que Elizabeth Gonçalves transformou aquela administração da província do Cuanza Sul numa verdadeira “quinta familiar”, nomeando seus parentes não efectivos para posições de chefia em algumas comunas, em clara violação da legislação vigente.

Fontes deste jornal revelam que a administradora municipal de Quilenda colocou primos e primas, que trabalhavam no seu gabinete em Quilenda, como chefes de secções na comuna do Quirimbo que dista a 15 quilómetros da sede do município.

Segundo as normas legais, apenas funcionários públicos efectivos podem ocupar tais cargos. Contudo, esses familiares continuaram a receber salários da folha de pagamento da comuna, sem nunca terem assumido funções no Quirimbo, permanecendo na sede de Quilenda.

A situação tornou-se insustentável quando a informação se tornou pública.

Pressionada pela repercussão negativa, a administradora foi obrigada a exonerar os parentes. No entanto, numa reviravolta controversa, Elizabeth Gonçalves reintegrou-os no seu gabinete na administração municipal.

Este escândalo lança uma sombra sobre a integridade da administração pública em Quilenda, levantando sérias questões sobre ética e legalidade. A confiança da população nos seus líderes está seriamente abalada.