ASSASSINOS DO CASO LAURINDO VIEIRA VÃO A JULGAMENTO EM BREVE
O processo-crime onde são acusados seis arguidos supostamente envolvidos na morte, em Janeiro do corrente ano, do sociólogo e reitor da Universidade Gregório Semedo, Laurindo Vieira, já se encontra no Tribunal de Comarca de Belas, em Luanda.
No processo está arrolada como arguida a caixa da agência do BIC, na Rua do Patriota, que atendeu o professor Laurindo Vieira antes do assalto que terminou na sua morte, soube o Novo Jornal junto de fontes ligado ao processo.
A caixa do BIC, que se encontra suspensa, vai responder ao julgamento em liberdade porque lhe foi aplicada a medida de coação de apresentação periódica às autoridades, sob termo de identidade e residência.
O Novo Jornal apurou esta quarta-feira, 3, junto do Tribunal de Benfica, que o processo se encontra naquela corte há dois meses, após conclusão do Ministério Público (MP), e está apenas a depender do agendamento da data para a realização da sessão de julgamento, que, segundo apurou o Novo Jornal, deverá ocorrer no mês de Agosto.
Laurindo Vieira foi vítima de disparo letal feito por um indivíduo que seguia, com outro, numa motorizada, na tarde de quinta-feira do dia 11 de Janeiro, quando saía do banco.
Hélder Ricardo, de 23 anos, autor do tiro que levou à morte do professor, revelou que ele e os seus comparsas acompanharam a vítima desde o banco, onde terá levantado um milhão de kwanzas, segundo o comprovativo do banco.
Após ter saído da dependência do BIC, contam os marginais, Laurindo Vieira dirigiu-se a outra instituição bancária, ainda nas proximidades, e foi já quando regressava à viatura que o abordaram.
Segundo o autor confesso, Laurindo Vieira surpreendeu-os, após ter sido abordado, quando tentou reagir.
“Ele abriu a porta da viatura, pensei que entregaria o dinheiro, afinal tirou a sua arma e manuseou-a à nossa frente. Com medo de ser atingido, e com o susto, disparei no pé dele e retirei-lhe o telefone e a pistola”, descreveu o homicida, afirmando que não fez um disparo intencional e colocou-se a seguir em fuga.
O plano era, acrescentou, apenas levar o montante que Laurindo Vieira levantou do banco, e não o matar, como acabou por suceder porque a bala atingiu uma artéria vital. NJ