Os ex-trabalhadores da extinta Empresa Distribuidora dos Produtos da Pesca, EDIPESCA, anunciam nesta, quarta-feira, 26, a realização de uma concentração “ordeira e pacífica”, para exigirem celeridade no cumprimento da decisão do Tribunal Provincial de Luanda, de 2006, referente a inserção dos mesmos no INSS, para a pensão de reforma.

ANNA COSTA

A decisão foi tomada em Assembleia dos 541 ex-trabalhadores da Edipesca, ocorrida no dia 14 do mês em curso. A concentração está marcada para os dias 2,3 e 4 de Julho e vai ter lugar defronte às instalações da Edipesca (Luanda) UEE, situada junto a Comarca Central de Luanda (CCL), à entrada do Porto Pesqueiro da Boavista, estrada de Cacuaco, 2024, das 08h30 às 15h00 h.

Sabe-se que, por conta da demora para o recebimento das pensões no INSS, os trabalhadores decidiram recorrer ao tribunal e a causa foi decidida a favor dos funcionários, mas ainda assim, até ao momento, nada foi feito.

De acordo com este grupo de ex-trabalhadores, 200 deles já faleceram, algumas vítimas de anemia e tuberculose, outros por doenças profissionais, enquanto outros padecem de patologias que carecem de tratamento adequado, mas não têm dinheiro.

Contam ainda que vários lares ficaram desestruturados, muitos ficaram sem as esposas e os filhos enveredaram para os maus caminhos porque os pais não têm dinheiro para os colocar na escola.

Contam ainda que vários lares ficaram desestruturados, muitos ficaram sem as esposas e os filhos enveredaram para os maus caminhos porque os pais não têm dinheiro para os colocar na escola.

Segundo dizem, a Edipesca, foi uma empresa regional no país, criada em 1979 e extinta em 1992. Além de Luanda, trabalhava também no Cuanza-Norte, Malanje, Uíge, Lunda-Norte e Sul. Na altura, tinha mais de mil trabalhadores.