“CESTA BÁSICA”, A NOVA FORMAÇÃO POLÍTICA QUE AMEAÇA DESALOJAR O MPLA NO PODER BUREAU POLÍTICO “APERTA CERCO” AOS GESTORES PÚBLICOS
Uma nova força política denominada “Cestá Básica” (população descontente), ameaça desalojar o MPLA no poder em Angola a 49 anos, caso o seu Executivo não redefine as políticas no que diz respeito ao emprego e a melhoria das condições de vida das populações.
ESCRIVÃO JOSÉ
O novo partido que reúne milhares de militantes, está farto das promessas de um Executivo “insensível”, que vem traçando políticas económicas que estão “desnutrir” a população do País.
Temendo o que está acontecer na África do Sul, o Bureau Político do MPLA, apertou o “cerco” aos gestores públicos para cumprirem “rigorosamente”, o programa de governação do MPLA apresentado nas eleições de 2022.
“Angola tem grandes reservas de petróleo mas só uma pequena parte das pessoas se beneficia dos lucros. O Governo do MPLA no poder desde 1975 – tem fama de reprimir a oposição e não organizar eleições livres. A África do Sul vai servir de lição para eles”, disse a este jornal, o professor universitário Diamantino Vigario Henda.
Para este professor universitário, o MPLA só tem dois anos (2025 e 2026) para tentar melhorar o nível de vida das populações, sob pena de passar na oposição.
“O Governo angolano aprovou o Relatório de Balanço dos últimos cinco anos de mandato, destacando a consolidação do Estado democrático e as acções contra a corrupção, que considera o maior entrave ao desenvolvimento de Angola. Mais até aqui não consegue de dar outros passos para aliviar o sofrimento do povo”, lamentou.
“Quando o Governo angolano considera que é o principal entrave para o desenvolvimento de Angola e pelo que “se impõe a adopção de medidas conducentes à sua eliminação”, é uma conversa para o boi dormir”, acrescentou.
Para o analista político, Tomás Kiassunda, pela primeira vez na história desde o fim do regime do Apartheid, o Congresso Nacional Africano (ANC) perdeu maioria absoluta nas eleições gerais da África do Sul, por não prestar atenção aos problemas que os seus habitantes enfrentam.
“O povo gemia, mas os governantes ignoravam. Como consequências, o ANC irá formar um Governo com partidários do regime do Apartheid. Que humilhação. É uma lição para o MPLA”, avisou o analista frisando que olhar, milhares de pessoas a comer nos contentores, a independência de Angola não valeu a pena.
Para o ancião, Alberto Jamba, a crise alimentar será grande adversário do MPLA nas próximas eleições, se o Governo não contornar a situação.
“A fome é um animal perigoso, se não resolver o seu problema, ele vai atacar. Não é justo, o que estamos ver no nosso País. Muita terra para agricultura, mas o Governo prefere importar o que deveria ser produzido localmente”, apontou.