O Director dos Recursos Humanos da empresa DIP World com vocação de Logística e Transporte que opera no terminal multiusos do porto de Luanda, Lenilton Jordão de nacionalidade brasileira é acusado despedir mais de 100 funcionários de forma injusta alegadamente para reduzir número de trabalhadores na instituição, segundo uma denúncia feita de forma anónima ao Jornal Hora H.

ANGELINO CAHANGO

‘’Eles querem diminuir o pessoal até 300 trabalhadores, no concurso público Estado Angolano passou na totalidade todos os funcionários a eles e aceitaram, mas agora estão a nos demitir injustamente.’’

Os reclamantes disseram que os funcionários foram dispensados porque faltaram apenas um dia, quando a lei angolana diz que é permitido afastar um funcionário se ele fizer três faltas mensais sem motivo. E os diminuídos físicos que contam com protecção especial não foram poupados.

O responsável pelos Recursos Humanos é acusado de obter vistos de cidadãos expatriados de forma ilegal e de abusar dos trabalhadores, obrigando-os a trabalharem mais de 10 horas por dia, o que é contrário à lei que determina 8 horas de trabalho diário.

‘’Muitos destes expatriados que trabalham nesta empresa já têm vistos de trabalho caducados, mas mesmo assim continuam a exercer as suas actividades de forma ilegal.’’ disse ao Jornal Hora H o colectivo de trabalhadores.

A explicação que a Direcção da empresa encontrou para afastar os funcionários é que a mesma não produz, algo que os trabalhadores dizem não ser verdade. Lenilton furtou-se de cumprir a sua promessa de que, em abril deste ano, haveria um aumento salarial.

‘’O Director alega que não tem obrigação de manter todos os trabalhadores dentro da empresa porque não produz nada, mas é mentira, aquela empresa produz, mas que o próprio porto de Luanda’’, exclamou a fonte.

Os agora desempregados prometem uma manifestação caso não seja resolvido este problema que já se arrasta há mais de 2 anos e apelam ao Presidente da República João Lourenço, a pôr cobro nesta situação. Por outro lado, exortaram também ao Ministro dos Transportes Ricardo de Abreu a tomar conta do caso.

O Jornal Hora H contactou sem sucesso o acusado.

Pela mesma via, contactou o Director Adjunto dos Recursos Humanos da DIP WORLD, empresa árabe que disse que iria encaminhar o nosso contacto à área de Comunicação da instituição a fim de prestar declarações, porém, passados mais de 72 horas, este jornal não recebeu nenhuma informação.