PARTIDO NACIONAL DE SALVAÇÃO DE ANGOLA (PNSA) ROMPE ACORDO COM O “BLOCO DE SOLUÇÃO”, MANTENDO-SE NA CASA-CE

O Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) rompeu esta terça-feira, 30, o acordo com nova plataforma eleitoral, designada “Bloco da Solução” que integra o Partido Democrático para o Progresso da Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA) e o Movimento de Unidade Nacional (MUN), ainda em processo de legalização pelo Tribunal Constitucional (TC).

ANA MENDES

“Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA), continua na coligação CASA-CE. O que ouve é uma intenção de fazer parte do Bloco de Solução, mais não se concretizou”, disse aos jornalistas, o seu presidente, Sikonda Lulendo Alexandre.

Com esta posição, a CASA-CE, passa integrar os partidos, Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido Pacífico Angolano (PPA) e Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA).

O presidente do partido, Abreu Capitão, reiterou que, o Bureau Político do Partido Democrático para o Progresso de Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA) já está desvinculado da coligação CASA-CE.

O presidente partido justifica a decisão com o facto de ter rubricado um acordo com o projecto político Movimento de União Nacional (MUN).

“O PDP-ANA, com o objectivo de desmascarar todo o tipo de aproveitamento político, vem, irrevogavelmente, através desta missiva, comunicar a desvinculação da Coligação CASA-CE, assunto que já foi deferido pelos órgãos estatutariamente designados para o efeito, a fim de exercitar irrestritamente os seus direitos políticos e conexos plasmados na Constituição da República de Angola e na Lei”, disse o presidente do partido, Abreu Capitão Bernardo.

Ele acrescenta que para evitar concepções erróneas e escaladas de especulações no seio da opinião pública nacional e internacional, o PDP-ANA, sendo um partido idóneo, ciente dos acordos por si assinados, por mais difíceis ou fáceis, logra-se em concluir que foi membro da CASA-CE por excelência e por livre convicção decidiu filiar-se e não por coação.

Em face disso, disse também se sente livre de se pronunciar e declarar a sua saída da CASA-CE hoje e agora, e “não aceita nenhum comportamento vexatório de aproveitamento político para beliscar a sua carreira”.

Nas últimas eleições de 2022, a coligação, que teve na sua criação a liderança de Abel Chivukuvuku, entretanto destituído pelos seus parceiros, não elegeu qualquer deputado.

A coligação vem enfrentando uma série de crises internas. Recentemente, o líder da CASA-CE disse que a organização que dirige foi vítima da ditadura da fraude eleitoral.

Para Manuel Fernandes, os resultados eleitorais, atribuídos de forma dolosa à Coligação, pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), é a expressão inequívoca da inverdade eleitoral vivida pelos angolanos no dia 24 de Agosto. 

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