BLOCO DEMOCRÁTICO “ABANDONA” FRENTE PATRIÓTICA UNIDA PARA NÃO SER EXTINTO
Por imperativo legal, o Bloco Democrático dever-se-á retirar da plataforma política Frente Patriótica Unida, para poder concorrer às eleições gerais de 2027 de forma isolada, sob pena de ser extinto da política angolana.
A alínea (b) do número 4 do artigo 33.° da Lei dos Partidos Políticos emana que “o partido que não participar, por duas vezes consecutivas, isoladamente ou em coligação, em qualquer eleição legislativa ou autárquica será alvo de extinção”.
Nesta condição, está o partido Bloco Democrático, que concorreu no último pleito eleitoral em 2022, atrelado à plataforma política Frente Patriótica Unida (FPU).
FNLA DIZ NÃO À FRENTE PATRIÓTICA UNIDA
Nimi a Nsimbi, presidente da FNLA, partido que faz fusão no Parlamento com o PRS, disse, em declarações ao NJ, não ter qualquer tipo de interesse em alinhar-se àquela plataforma, caso venha a ser solicitado a integrar.
“De momento, não tenho qualquer razão em sugerir ao bureau político do meu partido integrar a FPU, porque não vejo qualquer necessidade de a integrar”, esclareceu, retirando qualquer hipótese da integração dos ‘irmãos’ noutra coligação de partidos, enquanto as circunstâncias não ditem o contrário.
Refira-se que a Frente Patriótica Unida não é uma instituição juridicamente constituída no quadro político e legal. No entender do líder da FNLA, a oposição precisa de se fortalecer para cumprir o objectivo maior, retirar o MPLA do poder. “O objectivo não é a criação de mais forças políticas ou coligações”, defendeu.
Para o também deputado pela bancada mista PRS e FNLA, a forma mais viável de se alcançar o poder é colocar fim às várias interferências externas na vida política dos partidos na oposição, que, em seu entender, causam vulnerabilidade à proposição, de um modo geral. Por isso, reafirma o interesse de continuar a lutar em torno da coesão do partido.
Questionado sobre a fuga de quadros, o líder do partido dos irmãos’ diz que a FNLA está a reerguer-se das cinzas, depois de vários conflitos internos, postura que considerou de “pouco congregadora” das lideranças que o antecederam. Novo Jornal