UNITA QUER VER FORA O SIC PARA INVESTIGAR MAN GENA 

A UNITA sugere que o caso do cidadão angolano Gerson Eugénio Quintas, mais conhecido por “Man Gena”, extraditado de Moçambique e acusado de crimes de roubo qualificado, abuso de confiança e ultraje ao Estado, não deveria ser investigado pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), sendo este órgão os seus principais responsáveis acusados, no alegado processo de tráfico de drogas.

ANA MENDES

“Se não fosse a intervenção da UNITA, Man Gena”, já deveria ser extraditado no ano passado. Por isso, deveriam ser outros órgãos do Estado a investigar o Man Gena e não o SIC, para haver imparcialidade, porque ele acusa altos responsáveis deste ramo, estarem envolvidos no tráfico de drogas”, disse o líder do Grupo Parlamentar da UNITA, Liberty CHiyaka, quando interrogado pelos jornalistas para comentar o assunto.

“Nós não estamos contra. O Man Gena tem que responder pelas acusações, mas queremos é que a justiça seja feita com transparência, o que não é bem feito neste País”, acrescentou salientando que, “não era necessário utilizar avião presidencial para extraditar o cidadão Man Gena”.

“Um avião comercial era suficiente para levar o cidadão extraditado. Mas preferiram gastar muito dinheiro com avião presidencial”, referiu.

Refira-se que o Serviço de Investigação Criminal (SIC) confirmou a detenção do cidadão angolano Gerson Eugénio Quintas, mais conhecido por “Man Gena”, acusado de crimes de roubo qualificado, abuso de confiança e ultraje ao Estado.

A detenção aconteceu após a expulsão administrativa de Gerson Eugénio Quintas e sua família da República de Moçambique, por entrada e permanência ilegal naquele território.

O cidadão em causa já esteve presente ao Ministério Público para procedimentos legais e que a sua esposa e filhos menores foram entregues à família.

Gerson Eugénio Quintas, em companhia da esposa e filhos menores, abandonou o território angolano, em 2023, depois da publicação de vários áudios e vídeos nas redes sociais contra o Presidente da República, membros do Governo angolano e oficiais generais e comissários.

Em Moçambique, procurou por asilo, com a finalidade de dirimir ou fugir da responsabilidade criminal pelas infracções cometidas. Sem sucesso, Gerson Eugénio Quintas levantou-se contra as autoridades moçambicanas.

Uma vez expulso de Moçambique, ele fica interdito de entrar em território moçambicano por um período de 10 anos, assim como a sua família.

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