CRIMES POR TRÁS DE CRIMES: ZHANG HAIPING ACUSADO DE QUERER VENDER PROPRIEDADE DO CONSÓRCIO COMANDANTE LOY
O empresário chinês Zhang Haiping, proprietário da Haipin Internacional Lda, com sede em Luanda, está a ser acusado de não cumprir com o contrato de parceria feito com a empresa Consórcio Comandante Loy, vocacionada na construção de infra-estruturas, e de vender os imóveis construídos em parceria no município de Belas, avenida Fidel de Castro em Luanda, sem o conhecimento dos proprietários, disse a fonte ao Jornal Hora H.
ANNA COSTA
Segundo Josué Bango, coordenador geral do Consórcio, constituído para o apoio aos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria para a implementação de Projectos de Construção civil e de mais projectos, no contrato de parceria, o consórcio tratou de toda a documentação legal do espaço e cedeu à Haiping para a construção de serviços hoteleiros e lojas, que após terminadas e em funcionamento, o proprietário do espaço receberia algumas percentagens dos lucros das rendas, coisa que desde 2015“ nunca aconteceu”, violando assim as regras do contrato.
“ Ele mostrou-nos uma capacidade financeira e uma força mobilizadora a para construção de alguns empreendimentos em Luanda e noutras partes do país onde temos terras, onde seria possível empregarmos os antigos combatentes, seus filhos e não só, mas desde que ele começou a gerir isso, até a inauguração não cumpriu com nenhumas das cláusulas do contrato” .
O coordenador geral, Josué Bango, fez saber ainda que Zhang Haiping conta com a protecção de “mãos invisíveis” e até então tem o poder de “ludibria” as Instituições do Estado, sobre o olhar silencioso das autoridades judiciais
‘’Há muitos lesados e é sempre o mesmo cidadão Chinês, e até com a nossa Polícia ele consegue enganar, ’’disse.
Aflito, Josué Bango rogou por socorro à Justiça para que “se trave” o empresário de nacionalidade chinesa envolvido em crimes de corrupção.
O empresário, detentor do espaço, disse também que por várias vezes, em contacto telefónico, já convidou Zhang Haiping para uma conversa a respeito do caso, uma vez que tudo começara de forma amigável, mas até a data presente não obteve sucesso.
‘’Ele goza de imunidades, goza de uma grande protecção e por isso nunca aceitou sentarmos sobre a mesma mesa, e quando aceita, no dia marcado acaba por desmarcar.
Além da venda do espaço pertencente ao consórcio Comande Loy, Haiping é acusado de não cumprir com o acordo de construção das residências dos antigos combatentes e veteranos da pátria, tendo feito apenas os “cabocos”.
Apesar do caso estar a seguir os trâmites legais na 3º secção do civel, sobre o processo n.º899/17-C, Josué conta que foram surpreendidos com uma notificações vinda do tribunal dona Ana Joaquina, que orienta a apreensão dos imóveis, uma vez que nunca tinha sido notificado sobre algum processo a decorrer contra o consórcio.
“ Foi uma queixa, aberta pelo Zhang Haiping alegando que nós não tínhamos capacidade financeira para continuar com as obras, mas o nosso advogado já está a trabalhar no caso para termos o nosso direito de reposição” .
O coordenador que entende que Haiping tem possivelmente corrompido pessoas no tribunal para embaraçar o processo informou que o consórcio tomou a decisão de escrever para pedir a substituição da Juíza porque no seu entender “o processo está muito viciado”.
O Jornal Hora H tentou por várias vezes o contacto com o Chinês Zhang Haipin, mas sem sucesso.