“MORTE DE RUI MINGAS EM PORTUGAL É UMA VERGONHA NACIONAL” AFIRMA MARTINHO FORTE
O Director do Jornal “A República”, Martinho Fortes, disse recentemente que a morte do Nacionalista angolano Rui Mingas, em Portugal é “uma pouca-vergonha e demonstração de um total falhanço na Independência de Angola”.
ANGELINO CAHANGO
No dia 4 de janeiro, morreu em Lisboa, vítima de doença prolongada, o co-autor do hino nacional de Angola, ex-ministro dos Desportos e antigo embaixador em Portugal, Rui Mingas, reagindo ao facto de Rui Mingas, um ícone da Política e Cultura angolana, morrer em Portugal, país colonizador de Angola, Martinho Fortes considerou ser uma vergonha para o país e uma falha a independência de Angola a qual Rui Mingas “se bateu.”
“É uma pouca-vergonha e demonstração de um total falhanço na Independência de Angola” Frisou Fortes.
Num áudio a que o Jornal Hora H teve acesso, Martinho Fortes diz que as mortes de nacionalistas no exterior, mormente em Portugal, são uma clara demonstração de políticas sociais falhadas e exorta aos angolanos a uma profunda reflexão.
“Como é possível Angola não ter instituições sociais para albergar estas individualidades? ” Então, o Rui Mingas e outros lutaram para quê? Correram com o colono para quê? E de seguida procuram o tal colono para lhe beneficiar a sua saúde e o seu bem-estar” Concluiu o declarante.
Rui Alberto Vieira Dias Rodrigues Mingas, que nasceu em 12 de Maio de 1939, distinguiu-se, na juventude, no atletismo, designadamente nas especialidades de salto em altura e 11 metros barreiras.
Militante activo do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder desde a independência do país, em 1975, Rui Mingas desempenhou os cargos de deputado e foi ministro dos Desportos.
Como músico, compôs poemas dos poetas angolanos Viriato da Cruz, Agostinho Neto – primeiro Presidente de Angola -, Mário António, António Jacinto e Manuel Rui Monteiro.
Da sua obra discográfica destacam-se “Cantiga por Luciana”, “Poema da farra”, “Makezu”, “Muadiakimi”, “Birin birin”, “Monagambé”, “Adeus à hora da partida” e “Meninos do Huambo”.
O corpo do nacionalista, músico, compositor e diplomata angolano Rui Mingas, será sepultado nesta sexta-feira, 12 de Janeiro, no cemitério do Altos das Cruzes, em Luanda.