ANGOLANOS DENUNCIAM ACTOS DE EXPLORAÇÃO SEXUAL E PERSEGUIÇÕES PELO GOVERNO FRANCÊS

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Nos últimos tempos várias têm sido as denúncias de cidadãos angolanos residentes na França, que acusam as autoridades francesas de vários crimes, dentre eles o tráfico de órgãos humanos, violação sexual, racismo institucional e perseguições.

ANGELINO CAHANGO

Em entrevista ao Jornal Hora H, Ilda Mangunda, angolana que reside naquele país europeu há mais de 20 anos, contou que a filha de 30 anos de idade, se encontra na posse de uma rede de violadores e é abusada sexualmente desde os 3 anos de idade e que fruto de desta prática, teve uma bebê.

“A minha filha é violada desde 3 até aos 30 anos, ela não tem liberdade, não deixam ela estudar medicina, é uma rede bem conhecida aqui em França, estes elementos te fazem passar por traficante de drogas enquanto não és” disse a lesada ao Jornal Hora H

Outra Angolana chama-se Esperança Bueto, que disse que a filha foi violada por Agentes dos Serviços Sociais desde os 5 anos de idade, explica que na tentativa de fazer uma participação sobre o caso à Polícia francesa, foi espancada e levada a um hospital psiquiátrico onde era administrada vários tipos de medicamentos.

“Fui fazer uma denúncia a Polícia, eles deram-me uma surra e me levaram no hospital psiquiátrico onde fiquei durante 15 dias, eles fizeram-me de cobaia para testar certos remédios por muito tempo, muitas vezes foi submetida a tratamentos psiquiátricos mesmo não sofrendo de transtornos psicológicos “

Para além das angolanas citadas, há também uma cidadã gabonesa identificada por Gladys Renault, que disse ser igualmente maltratada.

Questionadas sobre o posicionamento dos respectivos consulados face à situação, as entrevistadas angolanas disseram que sentem uma inércia da embaixada angolana que nada tem feito diante das denúncias apresentadas.

“A nossa embaixada é cúmplice desses crimes que acontecem aqui com os angolanos, nós já fomos lá, mas eles nada fazem, eles não querem nos dar acesso à justiça e assim nos matam sem barulho,” disseram as angolanas ao Jornal Hora H.

Diferente da Embaixada de Angola na França, o consulado Gabonês pediu ao Governo Francês para repatriar a cidadã Gladys Renault, que foi chamada a comparecer nos Serviços Sociais para ver os dois filhos que lá se encontram.

As denunciantes contam ainda que os africanos em França não são tidos, nem achados, e são perseguidos dia e noite.

” Nós somos fotografados todos os dias, têm parado viaturas de fronte as nossas casas, há também uma rede de traficantes de órgãos humanos aqui, somos seguidas por homens armados, somos acusados de sermos terroristas”, disse a fonte.

Ilda Mangunda que clama por socorro, pede ao Presidente da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço ponha a mão no caso e solicite um inquérito sobre as denúncias junto da embaixada de Angola na França.

Partindo do princípio do contraditório, o Jornal Hora H contactou recentemente via telefónica o vice-cônsul angolano Manuel de Aguiar, que apenas negou todas as acusações.

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