GUERRA DOS TRONOS NO UÍGE: SECRETÁRIO DO CPJ HÉLIO EDUARDO ACUSADO DE USURPAR MAIS DE 60 TERRENOS
O activista cívico Jorge Kisseque acusa o Secretário-Executivo do Conselho Provincial da Juventude (CPJ) do Uíge, Hélio Paulo Eduardo, de dar destino incerto aos mais de 60 lotes de terras, recebidos do Governo Provincial no projecto“ Uíge vida”, destinados aos líderes juvenis.
ANNA COSTA
Segundo a fonte, após o CPJ ter recebido os lotes para distribuir aos líderes juvenis, Hélio Eduardo que possui residências na centralidade do Kilomoso e no Katapa, distribuiu apenas a 5 líderes e o resto ficou sob destino incerto, tendo sido o processo anulado pelo governador provincial após notar vícios na distribuição dos lotes.
“Tal como se viu, algumas pessoas que viviam em zonas de riscos com casas precárias nas zonas da Bangola e Quixicongo, foram realojadas para o projecto habitacional “500 casas”, sito após a centralidade do Kilomosso, o que enraivou os amigos do alheio cuja missão era dividir as mesmas como o habitual, sempre as mesmas pessoas como, por exemplo, o presidente do CPJ Hélio Eduardo que lhe foi dado mais de 70 lotes de terrenos com fim único de distribuir aos líderes juvenis, mas só distribuiu a 5 lideres o resto deu destino incerto”, denunciou o activista ao Jornal Hora H.
Jorge Kisseque entende que, o Governador Provincial do Uíge, José Carvalho da Rocha, tem estado bem nas suas nomeações, depositando confiança na juventude em vários cargos como, administradores municipais, directores de gabinetes provinciais e municipais, de forma inclusiva mediante competências e não apenas afeição partidária.
Para ele, é notório o descontentamento de quem cuja filosofia mãe é baseada na versão arcaica do termo “nós somos os escolhidos, se não formos nós, já ninguém será”, a quem ele classifica como “despidos de conhecimentos sobre inclusão social e munidos pela ignorância”, atribuem nomes a quem surge com uma ideologia diferente e madura.
“ Observamos recentemente, por via das redes sociais, um grupo de indivíduos meramente identificados manifestando revolta contra o Governador Provincial do Uíge, chamando-lhe nomes tais como: MUKUAKUISA (ESTRANGEIRO), mas tudo isso não passa de actos difamatórios resultante da raiva adquirida pela quebra ideológica de quem sempre achou e acha que os cargos são eternos para um grupo de pessoas, por serem detentoras de direitos de chefia em nome do partido e por serem os tais intocáveis. Muitos estão tristes porque o governador está a postar em jovens tais como os administradores do Songo, Uige, Cangola, Puri, e os directores dos recursos humanos do governo provincial, da cultura turismo e juventude e desporto, do ambiente, dos transportes entre outros jovens”, mencionou, Jorge Kisseque.
De acordo com o activista nas terras do bago vermelho, o partido tem um estatuto que confere ao governador a liberdade de trabalhar com quem lhe apraz, terminado com o recado de que “O Uíge não é herança de ninguém”.