NA GAJAJEIRA: FISCALIZAÇÃO DE MANUEL HOMEM ACUSADA DE COBRAR 30 MIL KWANZAS PARA PROPRIETÁRIOS VISITAREM AS LOJAS

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Os proprietários das lojas de vendas a retalho, localizadas na rua João Carand Langue, vulgarmente chamada, Gajajeira, no bairro Marçal, acusam a fiscalização do município de cobrar 30 mil kwanzas a cada interessado a visitar o seu estabelecimento, fechados há mais de 6 meses pelo Governo Provincial de Luanda (GPL) no âmbito do Plano de Reordenamento do Comércio.

ANNA COSTA

Segundo os proprietários que disseram já reunirem todas as condições e documentação necessária, orientadas pelo GPL, para a reabertura dos estabelecimentos, até agora, são impedidos de entrarem no espaço para uma vistoria e caso alguém tenha grande interessa em lá entrar deva pagar à equipa da fiscalização trinta mil kwanzas.

“Recebemos as primeiras informações que era o reordenamento do comércio, fizeram a vistoria, fecharam as lojas e disseram que tínhamos que organizar a documentação toda, após cumprirmos, surgiram outras informações de que tínhamos que tratar da questão dos contractos dos funcionário e nós cumprimos todo o processo, só que, até agora, não nos foi dito, porque as nossas lojas continuam fechadas e temos que pagar 30 mil kwanzas só para fazermos a verificação se está tudo bem”, disse uma das proprietárias ao Jornal Hora H.

 Os denunciantes disseram ainda não perceberem se estão diante de medidas” administrativas ou políticas”, segundo eles, já contrataram advogados, mas até agora não têm a situação resolvidas.

Numa visita de constatação, na zona, em Junho deste ano, o director do Gabinete para o Desenvolvimento Económico Integrado do Governo Provincial de Luanda, Dorivaldo Adão, informou que dos armazéns e lojas visitadas constatou várias irregularidades, como produtos mal conservados, falta de saneamento básico, degradação de infra-estruturas e graves problemas eléctricos, motivo da não reabertura.

Na tentativa de verem aberta os seus estabelecimentos vocacionados na venda a retalho de mobiliários, tecnologias, electrodomésticos, roupas, calçados entre outros produtos, uma vez cumprido todos os pressupostos apresentados, os proprietários dirigiram-se ao GPL para questionar os motivos da não reabertura das lojas depois da organização orientada, porém não obtiverem.

“Através dos nossos representantes, solicitamos ao GPL para que nos dissessem pelo menos o que falta para a reabertura, eles marcaram uma reunião com os nossos advogados, um dia depois ligaram para desconfirmar o encontro, e até hoje nunca mais se disse nada sobre o assunto e nós precisamos trabalhar”, lamentou.

As fontes, questionaram o facto que alguns estabelecimentos, fechadas no mesmo tempo que os seus, já terem aberto, sobretudo as lojas das ruas de frente ( Ngola Kiluanje – são Paulo), uma vez que, segundo eles, possuem os mesmos documentos que estas.

“O GPL está a coagir muitos para poderem nos tirar daqui e sermos postos noutros sítios, mas se for assim deve levar todos e não apenas alguns” , disse.

Numa entrevista cedida ao Jornal de Angola, Dorivaldo Adão, director do Gabinete para o Desenvolvimento Económico Integrado do Governo Provincial de Luanda, disse que a abertura dependerá dos proprietários, reiterando que apenas serão reabertas os que reunirem as condições exigidas e os outros permanecerão encerrados. ” Caso criem as condições, os estabelecimentos vão ser reabertos”.

O Jornal Hora H, contactou o Governo Provincial de Luanda na pessoa do Chefe do Gabinete de Comunicação Institucional, Emídio Manuel, que antes solicitou a documentação deste órgão para conferir a legalidade da instituição, orientado pela direcção do Hora H a dirigir-se ao Ministério de tutela para averiguar, este desculpou-se e informou que passaria a informação a quem de direito para falar sobre o assunto, porém, aguardamos pelo seu pronunciamento por mais de 72 horas e sem sucesso.

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