GRUPO PARLAMENTAR DA UNITA REAGE AO PEDIDO DE SUSPENSÃO DO DEPUTADO NUNO DALA
Tendo tomado conhecimento do teor do Ofício n.º 775 de 15 de Novembro, proveniente do Gabinete do Venerando Juiz Presidente do Tribunal Supremo, que solicita à Presidente da Assembleia Nacional a promoção da suspensão provisória do mandato do Deputado Nuno Álvaro Dala, o Presidente do Grupo Parlamentar da UNITA, após audição do Deputado em questão, considera oportuno e de interesse público prestar a seguinte informação aos angolanos.
NDOMBI ZADIMENGA
Segundo a nota de imprensa que o Jornal Hora H teve acesso, o Deputado Nuno Álvaro Dala é arguido no processo registado sob o n.º 45/2023, em que é acusado de ter cometido os crimes de denúncia caluniosa, injúria, e difamação no ano de 2020, antes de ter sido eleito. O queixoso é o Senhor Beato Manuel Paulo, que na altura desempenhava as funções de Procurador-Geral Adjunto da República.
De acordo com a fonte, Nuno Álvaro Dala alega que não cometeu nenhum crime e que apenas exerceu o seu direito constitucional de denúncia de actos de corrupção e de abuso de poder por agentes públicos. Denunciou factos concretos que configuram crimes de extorsão, sabotagem, desvios de dinheiro, invasão de domicílios e ameaças de morte a diversos cidadãos, imputáveis ao titular de um cargo público, o Procurador-Geral Adjunto, ora queixoso” firma a missiva.
De acordo com a fonte do Hora H, o Deputado alega ainda que a denúncia resulta de um trabalho de investigação que desenvolveu no ano de 2020 e que tem em sua posse elementos probatórios bastantes para apresentar ao Tribunal.
Nos termos da Constituição, havendo agora um despacho de pronúncia, o Plenário da Assembleia Nacional deverá deliberar sobre a suspensão do mandato do Deputado e retirada de imunidades, para efeitos de prosseguimento do processo, frisou a UNITA.
O Grupo Parlamentar da UNITA colocou à disposição do Deputado Nuno Álvaro Dala a sua Assessoria Jurídica para, nos marcos da lei, acompanhar o processo e apoiar os advogados da causa na defesa da legalidade democrática, afirmou.