20% EM CAUSA: Ex-DIRECTOR JORGE MENDONÇA E O DA CADEIA DE VIANA LUCIANO MIGUEL ACUSADOS DE CORRUPÇÃO E FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS PARA ROUBAREM DINHEIRO DAS CADEIAS

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O Ex-Director-geral dos Serviços Penitenciários (SP), Jorge Mendonça e o Provincial da Cadeia de Viana, Luciano Miguel, estão a ser acusados de expulsarem a empresa prestadora de serviço na área de panificação e cozinha dentro daquele órgão e de se apropriarem dos seus meios de trabalhos avaliados em mais de 100 milhões de kwanzas, por esta não aceitar dar à direcção uma comissão de 20% dos lucros das vendas, denunciaram os supostos lesados ao Jornal Hora H.

ANNA COSTA

Segundo Garcia Tomás, sócio gerente da Empresa Onória Zacarias, o acordo foi feito em 2016 com a direcção geral dos Serviços Penitenciários (SP) para o fabrico e fornecimento do pão para o consumo interno e para o comércio, onde deu entrada com a matéria-prima e o órgão com um equipamento que pouco tempo depois avariaram e foram substituídos com o dinheiro da empresa prestadora de serviço, atropelando assim os acordos iniciais.

“O material que eles deram estavam todos avariados e nós consertamos alguns e compramos outros com os nossos custos para podermos atingir o teto de produção” contou o responsável ao Jornal Hora H.

De acordo com a fonte, a contabilidade da empresa era controlado pela direcção dos SP e depois de um tempo de trabalho, por este não aceitar assinar um acordo que visa dar a direcção 20% dos lucros dos pães comercializado, que seria divido em 10% para o Director geral Jorge Mendonça, 5% para o director provincial dos serviços penitenciários, Luciano Vicente Miguel e 5% para o director de logística, foi expulso daquele estabelecimento prisional de Luanda sem ao menos ter a oportunidade de recuperar os seus meios de trabalho.

 “Por eu ter negado dar essas percentagens, começaram todas as complicações e fomos expulsos eu e os meus funcionários” afirmou Garcia Tomás ao Jornal Hora H.

Apesar de ser um contrato, em princípio, apenas para área da panificação, investiram também na cozinha por dois anos com os seus próprios recursos porque, segundo ele, as empresas que tinham contrato com o SP na área da cozinha restringiram o contrato por falta de pagamentos, o que causou muitos prejuízos na empresa Onória Zacarias.

“ O que aconteceu a direcção dos SP não pagava as empresas que sustentavam a cozinha e elas desistiram do contrato, nós fomos convidados a tomar conta da cozinha e pensando nos reclusos, assim o fizemos com o nosso próprio dinheiro, sem o apoio da direcção do SPL. Não podíamos abandonar porque estava em causa os reclusos, se nós não fizéssemos eles não comeriam e era muita confusão que se fazia aí” contou o empresário.

O denunciante, cobra do SP o pagamento dos 130 milhões e quinhentos mil kwanzas de prejuízo, durante o tempo de trabalho dentro daquela instituição do Estado.

RESPONSÁVEL DA FIRMA DESAFIA MININT A ABRIR UM INQUÉRITO NOS SERVIÇOS PENITENCIÁRIO

Garcia Tomás, acusou ainda o Director-geral dos Serviços Penitenciários, Jorge Mendonça de criar empresas fantasmas, supostas prestadoras de serviço nos estabelecimentos prisionais para enganar o Ministro do Interior, Eugénio Laborinho.

O responsável, desafia o Ministro do Interior de abrir um inquérito junto dos SPL para averiguar as que considerou” várias irregularidades”.

Disse ainda que já remeteu várias cartas aos órgãos competente, mas até agora não obteve resultados e que tem ouvido do Director geral, Jorge Mendonça, que” pode se queixar onde quiser que não dará em nada”.

Um dos funcionários da firma e filho do sócio gerente, Vicente Casimiro, disse que tem sido alvo de perseguições por pessoas desconhecidas e que já sofreu alguns assaltos, mas que o suposto bandido pretendia apenas os documentos que se encontravam em casa.

O jovem, que disse encontrar-se sem emprego neste momento, disse também desconfiar de serem pessoas ligadas aos SPL, acusando-os de serem protegidas por pessoas de “costas largas”.

O Jornal Hora H, tomou conhecimento a partir das fontes de que até ao momento as contas bancárias da empresa Onória Zacarias encontra-se bloqueadas a mando da Director-geral dos SP e que por conta disso, sofrem pressão dos funcionários que aguardam por uma indemnização.

O Jornal Hora H, contactou a Direcção-geral dos serviços penitenciários e foi respondido pelo director de Comunicação Institucional, Menezes Cassoma que garantiu fazer-se presente neste órgão de Comunicação Social no dia anterior, para falar sobre o assunto, porém o aguardamos por mais de 72 horas e não compareceu.

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