CUIDADO COM O BFA: CONDIÇÕES PRECÁRIAS E INTIMIDAÇÃO NA NOVA ADMINISTRAÇÃO PERIGAM FUNCIONAMENTO DA INSTITUIÇÃO

A actual gestão liderada pelo Sr. Luís Gonçalves, Presidente do Conselho de Administração (PCE) do Banco BFA, está a ser rotulada como a pior na história da instituição. Funcionários, sob anonimato, revelam uma atmosfera de arrogância e racismo, alegando que a equipe é conivente com tais comportamentos.
NDOMBI ZADIMENGA
A insatisfação atinge o seu ápice quando se trata de salários. Comparados ao Banco Bai, considerado um concorrente director, e até mesmo ao Banco BIC, os funcionários afirmam que estão significativamente atrás em termos salariais. Reclamações sobre remuneração são recebidas com respostas curtas e grossas nas reuniões, onde a administração justifica que o aumento salarial só seria possível mediante a demissão de 2.000 funcionários considerados “excedentes”.
Além disso, denúncias de um clima de intimidação por parte dos directores são destacadas. Os colaboradores afirmam que não têm liberdade para expressar suas preocupações e que o banco se transformou em um negócio voltado para os interesses da administração. Acusações de conflitos de interesse, especialmente envolvendo a lobinet, são mencionadas, indicando um suposto favorecimento de fornecedores ligados à família do PCE.
Os funcionários expressam nostalgia pela gestão anterior, enfatizando que as administrações anteriores, como as de Telles, Emídio, e Jorge Albuquerque, tratavam os colaboradores com dignidade. Alegam que, pela primeira vez, têm um PCE nacional, mas esperavam um olhar mais atento para as condições dos funcionários.
Relatos de discrepâncias significativas nos benefícios também são citados. Funcionários apontam que um caixa no Banco Bai ganha o dobro de um caixa no BFA, e criticam a falta de um seguro de saúde abrangente. Alegam que o sistema actual, com consultas na clínica do grupo, é ineficaz e demorado.
As críticas não se limitam aos salários. Mencionam desorganização nas áreas centrais, falta de respostas nos balcões, e uma má distribuição dos lucros do banco, onde os administradores e directores são os maiores beneficiários. Funcionários afirmam que o ambiente de trabalho tem levado a problemas de saúde mental, com relatos de depressão e ansiedade devido à pressão e ameaças de demissão.
Diante desse cenário, alguns funcionários consideram a imigração como uma opção viável para escapar das condições de trabalho que descrevem como uma “escravidão moderna do século XXI”.