Um agente do Serviço de Investigação Criminal (SIC), de nome Leonardo Fernando Chico, agende de 1º, afecto ao comando municipal da Polícia na Maianga, matou, com dois tiros nas costas, um jovem identificado por Humberto Calunga (Milton), filho do jornalista da Rádio Nacional de Angola Fernando Calunga na noite de domingo, 12, quando conviviam no bar em que o malogrado vendia a famosa “magoga” , na Zona do Rocha Pinto em Luanda.

ANNA COSTA

Tudo começara quando o agente do SIC conhecido por Leo, residente no mesmo bairro, acompanhado do seu amigo também do SIC identificado apenas por Bumba, entrou em conflito com um suposto militar dentro do bar, por este tentar defender a companheira que quase caiu porque o acusado esticou a perna enquanto ela passava.

“ O Leo e o Bumba chegaram e nos encontrou a consumir, connosco bebeu três copos de vinho, depois foi na parte de baixo do bar onde colocou um banco no caminho e quando viu o senhor a se aproximar, o Leo esticou a perna para a esposa do senhor tropeçar e aí começou a briga entre eles” confirmou Fernando Afonso, tio do Malogrado.

Questionado sobre o porquê de tal gesto, a fonte disse que o acusado, agente do SIC, exaltou-se, tirou a pistola e ameaçou matar o suposto militar, mas que em meio as complicações identificou-se e retirou-se evitando a situação.

“ Depois do senhor ir embora, ele explicava o que aconteceu no amigo dele Bumba e quando viu que o Milton estava ao lado a escutar, ele lhe ofendeu e perguntou se estava a ouvir o que, a seguir deu-lhe uma chapada na cara e o Milton ao tentar reagir ela fez dois tiros no ar e deu um directamente no Milton”, contou Afonso Bumba testemunha no local.

De acordo com o tio, após ser alvejado, o jovem de 23 anos, ainda em vida, correu para casa onde foi seguido pelo agente que se encontrava embriagado e o alvejou novamente com um tiro nas costas, no beco de entrada para a casa.

O agente tentou fugir, mas foi apanhado e espancado pela população e no meio da confusão fez novamente um tiro que atingiu uma das mãos de outro jovem.

Num vídeo que circula nas redes sociais, o agente, imobilizado pela população, disse não saber os motivos que o terá levado a cometer tal crime e pede que seja levado à justiça para assumir as consequências.

O Jornal Hora contactou o porta-voz do SIC geral, Manuel Halaiwa que se mostrou indisponível no momento, garantiu pronunciar-se nas próximas horas.