ESMERALDA CHIYAKA SENTE-SE VÍTIMA DOS QUE PENSAM QUE SINSE É SINÓNIMO DE SERVIÇO DE ASSASSINATO
Na minha família militância não é hereditária. Mas isso as milícias do esgoto não entendem porque nem cérebro para este exercício têm.
As milícias digitais que insistem em partidarizar-me escolheram a presa errada! Tenho cedido ao silêncio desde 2012 que comecei a ser perseguida por estas milícias terroristas.
Assim como todo o angolano genuíno, tenho sim familiares do primeiro grau na UNITA e no MPLA, provavelmente noutras formações políticas também, dado o direito que cada ser humano (angolano) tem de fazer escolhas e participar, nos termos da Constituição da República de Angola (art. 55.º).
Quando decidi abraçar o Jornalismo, despi-me de qualquer hipótese que me levasse à militância partidária. Por entender que não exerceria a minha profissão observando os valores da isenção, equidistância, pluralismo, equilíbrio, etc.
Tudo o que escrevo e faço é preparado por mim e faço-o a medida da margem da liberdade que tenho, nos limites da linha editorial da empresa onde trabalho. Não estou a serviço de nenhum partido politico, sirvo o meu país.
Aqui na Rádio Ecclesia aprendi quantos paus devia eu acrescentar aos paus que já trazia da educação Cristã e Patriótica da minha família.
É aqui, na Ecclesia, onde resisto e me dedico para que ajude da forma mais livre e equilibrada na construção de um País onde cada habitante se sinta possível, se possa realizar.
Infelizmente, tenho sido o alvo predilecto de gente que aderiu, mas não se preparou para a convivência na diversidade, respeitando as diferenças de opinião sobre o país que temos hoje.
Se eu quisesse servir ao partido do qual o meu irmão é deputado ou do partido do qual minha mãe mais velha é deputada, não precisaria fazê-lo às escuras.
Tenho-me calado diante de tantos ataques, perseguições e bloqueios; vou sendo vítima destes “cidadãos ” que pensam que serviço de inteligência é sinónimo de serviço de assassinato silencioso.
Depois de ataques de vária ordem de que venho sendo vítima, decidi recusar-me abraçar o silêncio porque não vou admitir que estes representantes do diabo continuem a tentar partidarizar tudo o que faço.
Não sou influenciável, tenho as minhas convicções. Optei por dar o meu contributo por via das Organizações não governamentais porque, neste momento, a minha forma de olhar para o país não se compadece com a disciplina de nenhum partido político. Por isso decidi ser apartidária.
ATT: Quando eu decidir ser militante da UNITA, do MPLA, CASA-CE, ou outro partido por surgir vou depositar a minha carteira profissional na comissão de carteira e ética e publicamente assumir tal condição. Por isso, parem de fazer afirmações baseadas em ilações equivocadas. Parem de partidarizar o meu trabalho.
Há um país, há vida, há cidadania para além da militância e disciplina partidárias…
Infelizmente por causa desta guerra dos sobrenomes, quase nem vejo o meu irmão, porque ele quer preservar-nos destes tacanhos. Infelizmente estamos num país onde os sobrenomes se sobrepõem às competências e impedem qualquer tipo de mobilidade profissional.
Sinto pena que em pleno 2022 ainda tenhamos que pensar em pedir protecção às instituições nacionais e internacionais de jornalistas para sermos poupados da ira de quem não está preparado para aceitar que cidadãos vivam o exercício da cidadania sem que tenham que aderir necessariamente à nenhuma formação político-partidária.
Repito, na minha família a militância não é hereditária nem obrigatória, ela acontece em sede das convicções de qualquer um dos seus integrantes.
O facto de o meu irmão e a minha tia serem Deputados da UNITA e do MPLA não me torna militante partidária.
Procurem outras presas para credibilizar os vossos delírios.
Repito, quando eu decidir fazer política partidária fá-lo-ei oficialmente ( inscrever-se, depositar contribuições mensais e submissão à disciplina partidária) e com toda a liberdade que me confere a Constituição.
Ganho com muito sacrifício o meu salário e ajudar a levar comida para a casa de CABEÇA ERGUIDA. Então parem de tentar partidarizar, distorcer e pôr em causa tudo o que faço.
Que tipo de democracia é o que vocês pretendem, filhos do diabo?
Democracia é pensar como vocês e falar o que ecoa melhor nos vossos ouvidos?!
Que país é este onde somos perseguidos , aniquilados , sufocados , caluniados , difamados pelo simples facto de querermos expressar -nos e exercer cidadania nas ” fileiras das ONG’s?! Querem até proibir-nos de viver?!
Parem, antes que a ira de Deus atinja as vossas tendas e a peste vitime vocês e vossos filhos.
Por Esmeralda Chiyaka