DESTITUIÇÃO DE JOÃO LOURENÇO AUMENTA O TOM ENTRE MPLA E UNITA

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A proposta parlamentar de destituir o presidente da República continua a fazer subir a tom entre a UNITA e o MPLA, os maiores partidos angolanos.

A UNITA diz que os deputados do MPLA estão a ser advertidos a não votar a impugnação de João Lourenço, o que o partido no poder refuta.

“Os nossos colegas do grupo parlamentar do MPLA estão a ser ameaçados”, diz Liberty Chiaka, chefe da bancada da UNITA.

Ele diz ainda que “como o voto é secreto, depois da votação os boletins serão recolhidos para serem observados por uma máquina para identificar as impressões digitais para se saber quem teria votado a favor da destituição”.

A reacção não se fez esperar. Mário Pinto de Andrade, deputado do MPLA, desqualificou a acusação da UNITA.

“Diga a UNITA para ter juízo, acha mesmo que com bom senso o MPLA vai ameaçar os seus deputados! A UNITA só quer criar factos políticos, nunca os deputados do MPLA iriam trair a nação”, disse Pinto de Andrade.

O parlamentar pelo MPLA assegurou que nunca uma proposta destas teria o aval dos camaradas, a proposta da UNITA nasceu morto.  O deputado do MPLA tem a consciência que no dia que isso chegar ao parlamento, a proposta vai ser reprovada e não vai passar a UNITA tem a consciência disso.  Até é vergonhosa a gente comentar as maluquices do parlamentar da UNITA.  Desculpem o termo.  Então nós, o mesmo MPLA, que defendemos a soberania, nós é que vamos entrar em estabilidade?  Não somos traidores da pátria afirmou Pinto de Andrade.

Quem também nega que terá sido ameaçado é o outro deputado pela bancada do MPLA, Paulo de Carvalho, eu lembro da importância dessas coisas, não fomos ameaçados, não fomos coagidos a nada, não é verdade, posso confirmar, estive em todas as reuniões do grupo parlamentar e em momento algum fomos ameaçados, ou seja lá o que for, fomos coagidos.

A UNITA deu já o que chama de primeiro passo do processo com a subscrição à iniciativa por parte dos seus deputados.  Em breve, diz a UNITA, vai anunciar a cerimónia para entrega da proposta à Assembleia Nacional.

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