UNITA ACUSA PR DE TER SUBTRAÍDO 1,8 MIL MILHÕES DE DÓLARES PARA SUSTENTAR A CAMPANHA DO MPLA

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O líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, acusou esta segunda-feira, 17, o Presidente da República, João Lourenço, de ter subtraído do erário público um montante equivalente a mais de 1,8 mil milhões de dólares com que sustentou a sua própria campanha eleitoral e do seu partido.

“É muito dinheiro retirado assim – leviana e irresponsavelmente dos cofres públicos – não é de admirar que os rigores da crise económico-financeira nos tenham atingido de forma muito violenta sem que haja hoje a mais pequena almofada”, afirmou o presidente da UNITA durante uma conferência de imprensa que serviu para falar sobre a gestão económica e financeira do País.

Esse dinheiro teria, segundo Adalberto Costa Júnior, “amortecido o impacto da crise sobre a carestia dos alimentos que pesa sobre a população e sobre os problemas relacionados com os salários da função pública”

“Com esse dinheiro poder-se-ia accionar a Reserva Estratégica Alimentar e ainda sobraria para acudir os ordenados dos funcionários públicos durante algum tempo. Este dinheiro daria, perfeitamente, para mitigar a carência de medicamentos nos hospitais”, acrescentou.

Na sua opinião, esta crise é estruturalmente política, as suas causas são de natureza política e estão em grande medida associadas ao que se passou na campanha eleitoral, com as eleições de 2022, “onde o regime do MPLA, para se manter a todo o custo no poder, não mediu meios e usou a conta única do tesouro como sua propriedade privada”, frisou.

Há poucos dias, de acordo com o líder do principal partido da oposição, “o Governo por via do ministro de Estado para a Coordenação Económica, José De Lima Massano, remeteu a actual conjuntura económica a dois factores, sendo, primeiro, a baixa produção petrolífera no primeiro trimestre do ano corrente e, segundo, a imprevisibilidade de factores macro-económicos externos como o aumento de taxas de juro no mercado internacional. Este foi o expediente usado pelo Executivo do MPLA para justificar os contornos da crise económica e financeira do País, que fustiga e arruína a vida dos cidadãos não colhe e é simplesmente falacioso”. 

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