UÍGE A PEQUENA CORREIA DO NORTE: JOSÉ CARVALHO DA ROCHA OBRIGA PROFESSORES E ALUNOS A IREM RECEBER JLO
O governo Provincial do Uíge liderado por José Carvalho da Rocha, esta ser acusado de obrigar os professores e alunos das escolas da cidade do bago vermelho a participarem obrigatoriamente na visita do Presidente da República João Lourenço, que esta prevista para manhã quinta-feira, 22, do corrente mês, diz a missiva que o Jornal Hora H teve acesso hoje.
FRANCISCO MWANA ÚTA
Segundo a fonte deste portal, a há uma circular que está estampada nas vitrinas das escolas públicas a obrigarem os docentes e alunos a participarem no acto de recepção de João Manuel Gonçalves Lourenço.
De acordo com a missiva que o Hora H teve acesso, a Escola do magistério do “Foguetão” do Uíge, é um das visadas e o comunicado diz que “ Estando prevista a visita de Sua Excelência o senhor Presidente da República a nossa província no dia 22 de Junho de 2023, e para que se faça uma recepção calorosa ao mais alto mandatário da Nação, a Direcção da Escola vem por intermédio deste, avisar todos os professores não escalados na prova deste dia, afazerem se presente na mesma, para em conjunto com os alunos da 12ª e 13ª Classe, para se deslocarem até a área indicada para aguardarmos a chegada da delegação presidencial”.
O referido documento acrescenta ainda que dada a importância da visita presidencial à nossa província, a presença de todos alunos e professores é de carácter obrigatório, diz o documento que o Jornal Hora H teve acesso.
A província do Uíge, com a chegada de José Carvalho da Rocha, se transformou numa pequena correia do norte onde o ditador é que manda e ninguém pode lhe contrariar.
Hoje no Uíge, os manifestantes morrem de medo de manifestarem-se contra as más políticas do actual executivo e os activistas todos fizeram pacto “corrupto” com quem governa aquela pequena correia do norte.
POLÍCIA NACIONAL PÕE DE PLANTÃO DOIS AGENTES PARA CONTROLAREM DESEJO DE JOÃO LOURENÇO
A população do Uíge tornou pública uma imagem que dá conta de dois agentes da Polícia Nacional a controlarem duas imagens que ilustram o ex-presidente da república José Eduardo dos Santos e o actual chefe do Estado João Lourenço, para não serem vandalizadas pela sociedade dado o nível de pobreza social e o descontentamento do governo local dirigido por José Carvalho da Rocha.
FRANCISCO MWANA ÚTA
Segundo a fonte do Jornal Hora H, os agentes da polícia nacional no Uíge, têm passado a noite no local e muitas vezes sem alimentação, água e outros meios necessários para lhe manterem aí. E as referidas imagens só foram postas no local devido a visita que se avizinha do Presidente João Lourenço ao Uíge.
De acordo com as imagens, o político Olavo Castigo, escreveu na sua conta das redes sociais que “andando por essa Angola, minha terra, tenho me de parado com muitas situações insólitas”.
Manifestações quase por toda parte, mas, menos no Uíge.
Já este povo passivo, teve uma manifestação de cortar a respiração.
Isto é, o pichamento da foto da imagem do Presidente da República João Lourenço, que se encontra no mural da praça da independência, com sinal de cruz, dar a entender o alem, fezes e com palavras obscenas por cima da sua imagem, escreveu Olavo.
Desta manifestação silenciosa deste povo passivo, levou a pintura desta parte do muro por parte das autoridades, lideradas por José Carvalho da Rocha.
“Aproximando a vinda as Terras do Bago Vermelho do Presidente da República, de modo as autoridades locais não terem problemas pelo facto de no mural da praça da independência conter personalidades culturais e do MPLA e menos ao da sua excelência Jlo, voltou-se a desenhar o lindo rosto do PR que outra vez voltou a ser linchado.
SOLUÇÃO INSÓLITA
Dois agentes da Polícia Nacional foram posto para tomar conta do desenho da imagem do PR, na praça da independência do Uíge, durante 24 horas por dia, disse o Politico Olavo Castigo.
Qual é a utilidade da imagem do Presidente da República nos locais públicos?
Coloca-se aqui um antigo problema do culto de personalidade ou culto a personalidade do líder.
A expressão retrata uma estratégia política de exacerbada exaltação dos líderes sobretudo em regimes autoritários ou totalitários, frisou Olavo.
É uma forma de propaganda que cria no imaginário colectivo um endeusamento do chefe legitimando a sua dominação através da idolatria e do medo, disse o político.
Olavo Castigo disse ainda que, essa prática esteve muito presente no século XX com algumas figuras de destaque como Adolfo Hitler, Estaline, Benito Mussolini, Mao Tse Tung, Mobutu, Idi Amin Dada, e o meu el Comandante Fidel Castro das terras de Cuba onde me formei.
O ex-secretário para mobilização urbana da UNITA, acrescentou na sua publicação que, uma das formas do culto a personalidade do líder é a colocação de painéis gigantes com a sua imagem em locais públicos e a sua disseminação em versão reduzida nos gabinetes administrativos.
“O culto a personalidade é uma idolatria que habitualmente acaba por ser terreno fértil para o surgimento de ditadores”.
Estes gostam de ser idolatrados e temidos. Um povo que faz do culto a personalidade do chefe uma religião acaba por comer o seu próprio veneno.
Em ambientes democráticos, onde a soberania está no povo, o PR deve ser visto e tratado como primeiro servidor do Estado.
O PR é nosso “empregado”, merece o nosso respeito mas não o nosso culto. Por isso a exibição pública de imagens do PR é dispensável porque inútil.
A Constituição da República de Angola traz no seu anexo os seguintes símbolos: a bandeira, a insígnia e o hino. Não tem cara do Presidente!
Creio que o próprio senhor Presidente João Lourenço ao retirar o rosto do seu predecessor da moeda nacional sem substitui-lo pela sua imagem, fê-lo na lógica contra o culto de personalidade.
A decisão foi apoiada pelo grupo parlamentar do MPLA.
Portanto, procuremos ser razoáveis.
E deixemos de usar nossos polícias a controlarem um simples desenho, quando no Mungualhema, Candombe novo, Buaca e outros bairros desta cidade, há assaltos no calar do dia por falta de ronda policial, diz a nota que o Jornal Hora H teve acesso.
Dois Polícias para controlar desenho da imagem de João Lourenço, terminou Olavo Castigo.