CAROLINA CERQUEIRA REALÇA FOCO NA AGENDA DA PAZ E DA ESTABILIDADE

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A presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, afirmou, quinta-feira, em Bruxelas (Bélgica), que o Parlamento angolano está a priorizar a agenda da paz, da estabilidade, da segurança, da promoção e preservação da cultura da paz, como base do desenvolvimento e da justiça social.

Discursando na Cimeira de Mulheres Líderes Políticas, Carolina Cerqueira referiu que o Parlamento tem promovido debates ao mais alto nível e com a sociedade civil a favor da promoção da paz, da igualdade de género, denunciando a violência contra as mulheres e as meninas.

Carolina Cerqueira informou que, por meio da diplomacia parlamentar, são evidentes as iniciativas para a paz nos Grandes Lagos, onde a situação de conflito no Leste da República Democrática do Congo (RDC) é preocupante.

“É intensa a intervenção dos parlamentares a favor da paz e da estabilidade na região, através de um diálogo permanente e a deposição das armas por parte das forças rebeldes, cujas acções militares têm provocado crimes desumanos contra populações civis indefesas, crimes transfronteiriços e a violação permanente dos Direitos Humanos”, disse, citada pela Angop.

A responsável adiantou que a Assembleia Nacional está a acompanhar, igualmente, a situação de instabilidade no Norte de Moçambique, com as mulheres parlamentares a jogarem um papel importante em defesa da paz, da protecção das vítimas dos conflitos e na denúncia das consequências dos mesmos no aumento da fragmentação da estabilidade social e familiar, prejudicando, sobretudo, o crescimento seguro e saudável das crianças e o futuro dos jovens, particularmente das jovens raparigas, vítimas de violência física e sexual, casamentos forçados e destituição dos seus direitos e liberdades fundamentais.

Para Carolina Cerqueira, o reforço da solidariedade entre as instituições, o entendimento e a amizade são fundamentais para que as mulheres possam ser as geradoras e promotoras de mudanças a nível local e global a favor da paz, da reconciliação e da construção de um mundo melhor.

A acção das mulheres políticas do mundo, disse, deve fazer-se sentir a favor dos direitos das mulheres, da não violência, para denunciar a discriminação política, económica e social, na adopção de políticas para a igualdade e impulsionar iniciativas legislativas que garantam mais oportunidade de acesso à educação, à tomada de decisão nos vários domínios, o bem-estar e a prosperidade das famílias.

“O futuro deve ser de paz, de desenvolvimento duradouro e de justiça, de integração e de inclusão social, respeitando os direitos fundamentais da pessoa humana e as oportunidades iguais para homens e mulheres”, defendeu Carolina Cerqueira.

Para a líder do Parlamento angolano, as mulheres são o suporte fundamental das sociedades democráticas e defensoras intransigentes da justiça e da lei.  “Em Angola, o activismo feminino é dinâmico e são encorajadores os avanços da mulher na política. Temos um Parlamento unicamaral que conta com a representação de 5 partidos políticos e que é composto por 38% de mulheres num universo de 220 deputados. O nosso Parlamento reflecte a diversidade e o equilíbrio geracional e de género”, frisou.

A missão, asseverou, é continuar a denunciar os obstáculos que impedem o total e livre exercício da liberdade das mulheres, impulsionar iniciativas para a educação permanente das jovens, contribuir para promover oportunidades iguais a todas as mulheres, mais solidariedade e, sobretudo, mais reconhecimento do importante papel a favor de um futuro melhor.

A Cimeira decorreu quarta e quinta-feira, em Bruxelas (Bélgica), com o foco na partilha de experiências entre mulheres líderes de todo o mundo e de análise aos avanços e desafios no sentido de reforçar a equidade, a participação e as oportunidades no feminino a nível global.

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