NO PROSTÍBULO: VIETNAMITAS VENDEM PROSTITUTAS A CINCO MILHÕES DE KWANZAS
As autoridades angolanas libertaram do cativeiro oito mulheres vietnamitas e detiveram outra cidadã da mesma nacionalidade, acusada de promoção à prostituição e cárcere privado, anunciou o porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC).
Segundo Manuel Halaiwa, por intermédio de uma denúncia foi realizada uma micro operação na zona de Kikuxi, município de Viana, onde foi descoberto o local, com estas mulheres com idades entre 31 e 41 anos, que eram mantidas .
“Em sede da descoberta feita foi detida uma cidadã, de 38 anos, vietnamita, que é a responsável e a cabecilha desta rede criminosa, que se dedica ao recrutamento de cidadãs vietnamitas por via da internet, concretamente na rede social Facebook”, referiu.
O porta-voz do SIC disse que as mulheres são aliciadas para o mercado de emprego em Angola, sobretudo para estabelecimentos comerciais de venda de produtos diversos, para acções de cabeleireiro e outros serviços.
“Mas que postas cá, têm um outro destino, que é na verdade a exploração ou promoção do exercício de prostituição remunerada”, disse Manuel Halaiwa, frisando que a acusada foi detida em flagrante delito por factos que configuram os crimes de tráfico de seres humanos, auxílio à imigração ilegal e lenocínio.
A investigação determinou que a acusada tem um colaborador que é supostamente seu companheiro, o dono do estaleiro onde foram encontradas as mulheres.
“Este cidadão também promove contactos com outros conterrâneos, estamos a falar de cidadãos vietnamitas, e também chineses, que servem-se dessas cidadãs, mediante o pagamento de 100 mil kwanzas [177,5 euros] e no final do mês elas recebem alguma retribuição pelos serviços prestados”, salientou.
Manuel Halaiwa avançou que no âmbito das investigações houve relatos da venda das mulheres recrutadas.
“Quando quiser se desfazer destas cidadãs pode vendê-las a um preço de até cinco milhões de kwanzas [8.878 euros] a outros conterrâneos ou a cidadãos chineses que têm residenciais e exerçam a mesma actividade aqui na cidade de Luanda”, referiu.
O responsável frisou as mulheres resgatadas eram escondidas numa cave, que na hipótese de uma fiscalização ao local era difícil a sua descoberta.
“Um espaço devidamente fechado, forjado com papel de parede até na pequena porta de entrada, um espaço devidamente preparado para uma acção criminosa”, realçou.