NELITO EKUIKUI PROMOVE ALTERNÂNCIA JUNTO DE JOVENS QUE EMIGRARAM PARA PORTUGAL

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Nelito Ekuikui, secretário-geral do braço juvenil da UNITA, está em Portugal, onde a comunidade angolana duplicou nos últimos anos, para conquistar a confiança dos jovens que estão a emigrar para este país europeu em valores recorde.

O líder da JURA (Juventude Unida Revolucionária de Angola) quer contar com o apoio da diáspora para a alternância do poder, porque, defende, estes jovens “têm uma outra visão do mundo, estão a viver em países cujas democracias são plenas, em Estados democráticos e de direitos, onde se respeitam os direitos humanos e há justiça baseada na equidade”.

O político da UNITA considera que Portugal, e Lisboa em particular, representam a placa giratória da Europa do ponto de vista da diáspora angolana, daí que a sua organização queira manter a força que conquistou nas últimas eleições, bem como tirar proveito do grande número de jovens emigrantes.

Ekuikui, que refere que a JURA deve continuar a ganhar espaço e a influenciar a juventude que se encontra fora de Angola e que passou a ter “uma outra visão do mundo”.

“Os jovens que saem de Angola têm um propósito: a procura de melhores de vida. Mas isso não faz deles menos ou mais angolanos; pelo contrário, responsabiliza-os”, afirma Ekuikui ao Novo Jornal.

“Estes jovens têm uma responsabilidade muito grande: a partir daqui inspirar, levar ideias, fazer um trabalho capaz de transformar o plano interno, inspirar a juventude que está no País, despertando-os sobre como é que as outras nações vivem, como é que os outros povos lutam para num curto espaço de tempo termos o cenário político alterado”, declara.

Em Lisboa, Nelito Ekuikui deu a conhecer, em entrevista ao Novo Jornal, que a sua primeira deslocação ao exterior do País na qualidade de secretário-geral da JURA, cargo para o qual foi eleito em 17 de Março, tem como propósito conferir posse ao novo corpo directivo da JURA em Portugal e reunir com as lideranças juvenis de partidos políticos na oposição, e não só, para reforçar a cooperação com as organizações.

“Viemos porque era necessário compreender o estado emocional da juventude na diáspora depois das eleições. Precisávamos também de algum contacto com os responsáveis juvenis de partidos políticos de Portugal, a fim de estreitar relações e traçar perspectivas para o presente e para o futuro”, afirmou.

O secretário-geral da JURA, que se faz acompanhar do seu secretário das Relações Exteriores e Comunidades, Jonas Mulato, referiu que o braço juvenil da UNITA tem igualmente representações em países como Bélgica, França, Inglaterra, Alemanha, entre outros da Europa, onde também serão feitas renovações dos corpos directivos. Um trabalho a ser acompanhado pelo secretário-adjunto das relações exteriores para a Europa, residente em Itália, relata.

Nelito Ekuikui reconhece que o resultado das eleições de 2022 na diáspora, fundamentalmente em Portugal, onde a UNITA conquistou muitos votos, foi fruto de um trabalho profundo e aturado da direcção local da JURA e do partido.

“Temos de dar o mérito a quem merece. Temos uma representação muito forte aqui em Portugal que conseguiu controlar a comunidade angolana, estreitar relações diplomáticas, e esse mérito deve ser dado aos quadros que dirigiram a representação do partido aqui em Portugal, e naturalmente esta força de Portugal conseguiu contagiar outros países”, afirma.

E conclui: “Importa dizer que todo angolano que vive fora do país minimamente esclarecido tem a noção que não se pode contar mais com o partido do regime. E houve uma mobilização natural, patriótica no sentido de inverter o quadro do país. Agora precisamos continuar a consolidar e cada vez mais crescer”.

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