ESPECIALISTAS PREOCUPADOS COM O NÚMERO DE SEROPOSITIVOS

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Em média, 10 a 20 cidadãos testam, por dia, positivo para o vírus da SIDA nos Centros de Saúde de Luanda, com base nos dados de especialistas das unidades sanitárias da Kinanga, Rangel, Bairro Operário e Catambor, para quem as mulheres estão em maior número.

Actualmente, 1.518 doentes seropositivos são assistidos no Centro de Saúde do Rangel e 50 crianças estão expostas, informou, ontem, a médica Ildionésia Ndala. “Estas crianças são de mães infectadas, porém, têm sido acompanhadas para se determinar se têm ou não o vírus da SIDA”.

A médica explicou que destes pacientes, 1.086 são mulheres, com idade entre os 24 e 35 anos. “Temos muita afluência de mulheres seropositivas e a maioria gestantes”.

O Centro de Saúde do Catambor, de acordo com a médica Maria Mariana, está a acompanhar pelo menos 300 doentes seropositivos. A supervisora da unidade garantiu que o Centro tem reagentes e antirretrovirais suficientes para atender todos os pacientes. “Estamos preparados para atender a demanda”, continuou, acrescentando que o centro atende diariamente uma média de 280 pacientes com várias patologias.

REALIDADE NA KINANGA

Na Samba, o Centro de Saúde da Kinanga, está a acompanhar, de acordo com a directora interina, até ao momento, 230 pacientes seropositivos. Kenge Tango explicou que existem, actualmente, 33 crianças expostas, pelo facto de as mães serem seropositivas. “Geralmente, elas são observadas até os dois anos, com testes regulares para saber se são portadoras, ou não, do vírus”.

A directora interina acrescentou ainda que a idade média dos pacientes varia dos 19 aos 63 anos. “Temos mais mulheres a serem acompanhadas”, disse, acrescentando que os rapazes são mais reservados e com vergonha de expor a condição serológica.

Os pacientes, avançou, recebem os antirretrovirais a cada 30 dias. “Temos os fármacos e os colocamos sempre à disposição dos pacientes. Além disso, temos, também, registados uma média de 60 a 70 gestantes seropositivas”, informou.

Kenge Tango sublinhou que o Centro precisa de reforço de Recursos Humanos, uma estufa para a sala de tratamento e um laboratório. “As áreas onde trabalhamos com materiais cortantes e perfurantes, que devem ser sempre esterilizados, estão a precisar de reforço”, solicitou.

 BAIRRO OPERÁRIO

A directora Clínica do Centro de Saúde do Bairro Operário, Isabel Delgado, disse que diariamente são atendidos entre 20 a 25 pacientes seropositivos com fármacos necessários. “Temos entre cinco a sete casos diários de pacientes seropositivos. Mas temos antirretrovirais suficientes para suportar a demanda”.

Para a médica, além dos pacientes com HIV/Sida, doenças como a malária, as respiratórias, diarreicas agudas, os casos de hipertensão e os de diabetes, estão entre os mais frequentes e tendem a preocupar, também, as equipas médicas. “Outra dificuldade continua a ser a falta de uma ambulância”, disse.

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