LÍDER DA UNITA DIZ QUE A MORTE DE D. FRANCISCO VITI É UM “DURO GOLPE” PARA IGREJA CATÓLICA E PARA O PAÍS 

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O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, considerou esta segunda-feira, 17, que a morte de D. Francisco Viti, Arcebispo emérito do Huambo, representa um “duro golpe” não só para a igreja Católica, para as províncias do Huambo e outras onde trabalhou, mas também para toda Angola, pela qual serviu durante toda a sua carreira missionária.

“Dom Viti foi um digno pastor do seu rebanho, um angolano de trato fácil, um expoente intelectual de sábios conselhos, homem de profunda sapiência, um humano defensor da nossa idiossincrasia, humilde líder Católico que nunca abandonou a sua arquidiocese mesmo nos momentos cruciais e difíceis que o Huambo conheceu”, destacou o líder da UNITA.

O líder da UNITA lembrou que, durante a guerra, Dom Viti chefiou a delegação que viajou até a então capital provisória do bastião da resistência da UNITA, a Jamba, para contactos preliminares com a direcção da UNITA e do seu presidente Jonas Malheiro Savimbi, fazendo pontes para a busca de uma plataforma consensual de negociações directas entre o Governo da República Popular de Angola e a UNITA.

“Em nome da direcção do partido, dos militantes e no meu próprio, vergo-me diante da memória do ilustre nacionalista, patriota, combatente pela liberdade, incansável formador de servidores da pátria em vários domínios e endereço os meus mais sentidos pêsames à igreja Católica e a família enlutada, rogando que Deus todo-poderoso possa acalentar as almas dilaceradas de Angola”, termina o presidente da UNITA.

D. Francisco Viti, Arcebispo emérito do Huambo, morreu sábado,15, aos 89 anos, no hospital Cardeal Alexandre do Nascimento, em Luanda, onde esteve internado desde Fevereiro último, após sofrer um acidente de viação, quando regressava de uma missão pastoral, na diocese de Menongue, sua primeira diocese como Bispo.

Natural de Misasa, Evanga, na província de Benguela, Dom Francisco Viti nasceu a 15 de Agosto de 1933 e fez a sua formação sacerdotal no seminário menor do Quipeio, também conhecido por seminário menor da Caála, e no seminário maior do Cristo Rei no Huambo, com cursos de filosofia e de teologia.

Foi ordenado sacerdote a 14 de Julho de 1963 na Sé Catedral do Huambo e consagrado Arcebispo a 28 de Setembro de 1975, na Província do Huambo.

Fundador da Diocese de Menongue, onde trabalhou durante 11 anos, foi depois, em Setembro de 1986, nomeado como arcebispo do Huambo, onde exerceu as funções por 17 anos.

Especializado em filosofia, pela pontifícia universidade Gregoriana, teologia pastoral, pela universidade Católica de Paris, já foi membro do Conselho Permanente da CEAST e da delegação angolana na Conferência Episcopal dos Bispos Católicos da África Austral (IMBISA).

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