JMPLA ACUSADA DE CONVOCAR MARCHA PELA PAZ PARA CONTRAPOR MANIFESTAÇÃO DO MEA
O Movimento de Estudantes Angolanos (MEA) acusa a JMPLA, braço juvenil do MPLA, de ter convocado uma marcha pela preservação da Paz, no sábado, 15, no largo das heroínas, em Luanda, no mesmo local em que o MEA convocou a sua manifestação para exigir o fim da greve dos professores do ensino superior, que já dura há mais de um mês.
A JMPLA entende que, a decisão dos jovens angolanos em marchar pela preservação da Paz é um marco que reflecte o reconhecimento dos feitos de todos que estiveram envolvidos no processo que permitiu o alcance da Paz em todo território nacional.
Para a organização juvenil do partido no poder, a promoção da paz e da segurança, tanto a nível nacional quanto internacional é premissa para o desenvolvimento de qualquer país.
“No dia 15 de Abril, os jovens angolanos vão marchar pela Paz; será mais um feito que certamente irá fortalecer a jovem democracia, que diariamente é estruturada com os feitos de todos que promovem e defendem a Paz”, lê-se numa nota partilhada nas redes sociais.
Reagindo à marcha da JMPLA no mesmo dia em que o Movimento dos Estudantes Angolanos convocou primeiro a sua manifestação, o presidente do MEA, Francisco Teixeira, disse ao Club-K que o acto dos jovens do MPLA denota arrogância.
Para Teixeira, ao convocar a marcha no mesmo dia e local, “viola a Constituição e as nossas liberdade”, assegurando que, apesar da contra manifestação da JMPLA, o Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) “não vai recuar, para provar mais uma vez que a JMPLA não está por cima da Constituição e das Leis”, disse.
Conforme noticiado por este portal, o MEA agendou a partir do dia 15 deste mês, uma série de manifestações de rua, em Luanda, para exigir o fim da paralisação dos docentes universitários, bem como contra a anulação de matrículas de milhares de estudantes das universidades privadas do país.
A organização que defende os interesses dos estudantes do país, considerou prejudicial para os estudantes a paralisação das aulas no ensino público universitário, tendo dado um prazo de dez dias úteis ao Governo para que, o Ministério do Ensino Superior e o Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior encontrassem um entendimento para o fim da greve.
De acordo com o MEA, “após o fim deste prazo, daremos início a um processo menos favorável ao vosso agrado, que vai começar com uma série de manifestações a favor do regresso às aulas nas universidades públicas em função da greve dos professores, em como dos nossos estudantes inscritos nas instituições de ensino superior privado que foram as suas matrículas anuladas”.