PRÉMIO PALANCA NEGRA HOMENAGEIA MFULUPINGA NLANDO VICTOR, ALMERINDO JAKA JAMBA E MÁRIO PINTO DE ANDRADE
A organização do Prémio Palanca Negra Gigante, que distingue, anualmente, os cidadãos mais destacados nas áreas de actuação, vai homenagear, na edição deste ano, a título póstumo, os políticos e académicos angolanos Mário Coelho Pinto de Andrade, Mfulupinga Nlando Victor e Almerindo Jaka Jamba, pelo contributo prestado ao país e à academia.
A homenagem vai acontecer a 3 de Junho, na Casa 70, durante a realização da 10ª edição do Prémio Palanca Negra Gigante, que vai distinguir, este ano, pela primeira vez, o melhor governador provincial de 2022, estando nesta categoria os governadores de Benguela (Luís Nunes), do Zaire (Adriano Mendes de Carvalho) e de Cabinda (Mara Quiosa).
Em declarações ao Jornal de Angola, o mentor e presidente do Prémio, Mauro Ananias, explicou que a ideia, ao escolherem essas três figuras do mosaico político e académico angolano, passa por apresentá-los à nova geração, com realce para o papel que desempenharam no processo de desenvolvimento de Angola, de modo que esta conheça essas referências nacionais.
“O grande objectivo é fazer com que a nova geração deixe de olhar apenas lá fora, quando o assunto é buscar referência, e olhar, também, para o que têm dentro do país. Se nós não reconhecermos, hoje, as nossas referências, dificilmente as próximas gerações o farão. Não fica bem, na nossa visão, só falar de Platão e Aristóteles e não das nossas referências também”, ressaltou.
Mauro Ananias revelou que, durante a gala, vai ser exibido um vídeo por via do qual será apresentada a trajectória política, académica e familiar dos homenageados, avançando estar, já, em contacto com as famílias para a recolha de depoimento.
“A Gala Palanca Negra Gigante tem a particularidade de reconhecer o mérito e a excelência das pessoas, sem olhar para factores como idade, cor da pele, raça, sexo ou cor partidária. Para nós, o mais importante é ser angolano e ser alguém que, enquanto vivo, contribuiu para o desenvolvimento de Angola”, destacou o presidente do prémio, lembrando que os primeiros homenageados foram Uanhenga Xitu e Sérgio Luther Rescova.
Mauro Ananias fez saber que a homenagem vai destacar mais o contributo dado pelas três figuras no campo académico, sobretudo, o legado deixado nesta área. “É importante que a nova geração conheça, também, a faceta deles como académicos, uma vez que não estiveram só ligados à política”, frisou.
O Prémio Palanca Negra Gigante é a distinção dos melhores do ano nas mais variadas áreas da sociedade, desde o Ensino Superior, Política, Desporto, Comunicação Social e outras. A eleição é feita pelos estudantes das distintas instituições do Ensino Superior existentes em Angola, na diáspora e pelo público em geral.
A iniciativa, sem fins lucrativos, é realizada anualmente desde 2013. O prémio terá, como ponto mais alto, a edição de 2025, que vai coincidir com a comemoração dos 50 anos de Independência do país.
A Gala Palanca Negra Gigante, como também é conhecido o prémio, tem como objectivo promover o mérito e excelência dos actores sociais no exercício das suas funções, reconhecer a dedicação e o empenho das pessoas singulares e colectivas, bem como garantir a participação dos estudantes universitários na promoção das boas práticas profissionais e sociais.
“Também pretende estimular o empenho e dedicação dos jovens estudantes universitários e, por último, divulgar a Palanca Negra Gigante, enquanto símbolo nacional”, destacou Mauro Ananias.
Fonte: JA