CASO 15 BILHÕES: OS PRÓXIMOS A SEREM LEVADOS AS BARRAS DO TRIBUNAL DEPOIS DA SAÍDA DE JLO

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Yuri Lourenço, um destacado sobrinho do Presidente da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, está a ser identificado em meios empresariais em Luanda, como um dos beneficiários finais de um contrato de 15 bilhões de kwanzas para distribuição de carteiras escolares em 16 províncias de Angola, factos que podem pesar a cabeça do filho da irmã de JLO, depois da sua saída da presidência angolana em 2027.

Yuri Lourenço, é o jovem que dá o rosto pela Barima – Comercio Geral, prestação de serviços, Importação e exportações, a empresa angolana que recebeu – sem concurso público – o contrato pelas mãos do ministério da educação para o fornecimento das carteiras escolares. Desconhecida do grande público, a Barima foi constituída em Julho de 2005, por uma cidadã nacional Rita Pascoal Loura da Silva.

Segundo fontes do Club-K, para além do trafico de influencia existente, a contestação a que o assunto é remetido, tem como base as advertências de o fornecimento das carteiras escolares deveriam ser de fabrico nacional, e não importadas, como ocorreu. O contrato foi validado pelo Tribunal de Contas que terá ficado com 50 milhões de kwanzas de  emolumentos.

Agora, citado como empresário, Yuri Lourenço, cresceu em casa da falecida mãe do Chefe de Estado, no bairro Vila Alice, em Luanda. Na fase adulta, passou a ter o apoio de um tio general Serqueira João Lourenço, que detém a companhia aérea nacional SJL Aeronáutica.

O surgimento de relatos dando conta do envolvimento de membros da família do João Lourenço nos negócios privados com o Estado, tem gerado preocupação e receios de que o assunto seja aproveitado pela oposição politica angolana, no sentido de fazer paralelismo do que aconteceu no caso.

Em Novembro do ano 2021, num encontro com a juventude, o Presidente da República revelou que antes de exercer o cargo que ocupa exercia actividades latifundiárias do país, tendo adiantando que fez a sua declaração de bens que se encontra selada na Procuradoria-Geral da República (PGR).

João Lourenço, é proprietário de cerca de cinco fazendas em Angola, embora nunca tenha divulgado publicamente a sua declaração de bens de modo a facilitar a compreensão da origem da sua riqueza. A “Fazenda Matogrosso” é descrita como um dos empreendimentos mais sofisticados do património de João Lourenço, por nela acolher casas de laser de madeira, um aeródromo, e por produzir enormes quantidades de milho e batatas que tem como clientes as forças armadas angolanas.

Antes de concorrer as eleições de 2017, transferiu a titularidade de alguns dos seus bens para quatro membros da Primeira-Dama, nomeadamente Jeredh Ben Amin Santos, Inokcelina Ben`África Correia dos Santos, Katilo Emanuel Correia dos Santos e Henda Liberta Correia dos Santos Ceita.

A empresa angola JALC – Consultores e Prestação de Serviços, Limitada, ligada a família Lourenço é identificada no relatório de gestão de 2018 da imobiliária Imogestin – que o Club-K tece acesso – como integrante da sua estrutura accionista detendo uma participação de 15%.

A JALC que tem as inicias das filhas do casal presidencial realizou uma assembleia de membros, em que destituiu Custodia da Encarnação Dias dos Santos como gerente da sociedade e em seu lugar foi colocada Cristina Lourenço. Para além da Imogestin, a JALC, faz também parte da estrutura accionista da Companhia de Cervejas de Angola S.A, cuja fábrica foi construída na província do Bengo.

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