UNITA RECLAMA AO GOVERNO PENDENTES DOS ACORDOS DE PAZ
O secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA, em declaração alusiva ao dia da Paz e da Reconciliação Nacional assinalado ontem, 4, fez saber que continuará a dialogar com o Governo para que este cumpra com os pendentes dos Acordos de Paz.
tratar-se da inserção e dignificação social de todos os ex-militares e a devolução do património material da UNITA, face ao Memorando de Entendimento Complementar do Luena, que se constitui na base da paz que Angola vive, assinado em Luanda aos 4 de Abril de 2002.
O secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA acredita, piamente, na virtude do diálogo como forma suprema de solução dos problemas dos homens, tal como em Bicesse, em Maio de 1991, em Lusaka, em Novembro de 1994, no Luena, em Março de 2002, e em Luanda no mesmo ano.
Neste sentido, a UNITA realça que está disponível e continuará a tomar iniciativas de diálogo com todos os parceiros nacionais, para decantar, por consenso, as melhores soluções para os grandes problemas que Angola e os angolanos enfrentam.
“É o caso da verdadeira reconciliação nacional, da consolidação e o aprofundamento do Estado Democrático de Direito. Neste particular, a UNITA apela a todos os filhos de Angola no sentido de unir-se energias com vista à institucionalização das autarquias ainda em 2023, que são o verdadeiro garante do desenvolvimento das comunidades”, lê-se na declaração.
Por outro lado, a nota acrescenta que, volvidos 21 anos, os angolanos continuam a viver uma grave crise política, judicial, económico-financeira e social, caracterizada, entre outros, pelo retrocesso dos indicadores do Estado Democrático de Direito; o aumento dos níveis de pobreza e do índice de desemprego com ênfase na juventude em idade activa; a corrupção endémica e sistémica; a degradação dos valores morais e cívicos; o abuso e violação dos direitos humanos.
“A UNITA solidariza-se com as diferentes classes profissionais na reivindicação dos seus direitos e apela ao sentido patriótico e de unidade de todos para continuarmos, dentro do país, a luta para a alternância do poder político em 2027”, pode ler-se no documento a que OPAÍS teve acesso.