Um homem de 57 anos, identificado por Sidney Holmes, foi condenado a 400 anos de prisão, em 1988, na Florida. Passado mais de 30 anos preso, foi libertado por ter existido um “erro” na investigação.

Um tribunal norte-americano decretou a prisão de Sidney Holmes, em outubro de 1988, por, alegadamente, ter sido motorista na fuga de dois homens que roubaram um casal em Fort Lauderdale, na Florida. A dupla de assaltantes, que utilizava uma arma de fogo, nunca foi identificada, como dá conta o The Guardian.

O homem procurou reverter a sentença, em novembro de 2020, através da Unidade de Revisão de Condenações da Procuradoria do Estado (CRU). A unidade considerou as alegações legitimas e procedeu a uma nova investigação. Além disso, pediu apoio à organização não governamental “Innocence Project of Florida”, que ajuda reclusos a provarem a sua inocência.

Desta feita, foi provado que a identificação de Sidney Holmes foi um “erro de investigação”, uma vez que foram usadas práticas cientificamente não confiáveis e contrárias às melhores práticas modernas.

Em 1988, um irmão das vítimas afirmou ter visto um carro igual ao que tinha sido usado no assalto pelas ruas da cidade e informou as autoridades. O carro que pertencia a Sidney Holmes apresentava grandes diferenças face ao usado pelos ladrões.

Na ocasião, num primeiro interrogatório, a vítima não identificou Sidney como o condutor do veículo.

Sidney Holmes saiu assim da prisão de Broward e voltou à liberdade, passados 34 anos.