ESCRIVÃO JOSÉ LAMENTA MORTE DO DECANO DOS JORNALISTAS ANGOLANOS SIONA CASIMIRO

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O Director do Jornal Hora H, Escrivão José, lamentou a morte do decano dos jornalistas angolanos, Siona Casimiro Watulata, ocorrido na quinta-feira, 9 de Fevereiro do corrente ano, em França, onde se encontrava em tratamento médico.

ANNA COSTA

Escrivão José, que disse conhecer Siona Casimiro há mais de 15 anos, na Rádio Ecclésia, onde ambos exerciam actividades, lembrou do malogrado como uma pessoa de trato fácil e um grande conselheiro.

Para o Director do Jornal Hora H, com a morte deste que foi conhecedor profundo da luta de libertação nacional, Angola e sobretudo a classe de Jornalistas perde um ícone.

“Perdemos muito, perdemos um mestre, perdemos um profissional, perdemos um pai, falar de Siona Casimiro é como se estivéssemos a falar de Tony Amado ou de Nagrelha no Kuduro”, lamentou.

Escrivão José, considera haver um certo “abandono      da parte dos órgãos de comunicação angolano em homenagearem Siona Casimiro, um dos percursor do jornalismo angolano.

Segundo o mesmo, este seria um momento em que a classe deve se unir e fazer homenagens a Siona Casimiro, de modo a imortalizar a figura do fundador do Sindicato dos Jornalistas Angolano e do MISA Angola.

“Teríamos em todas as plataformas digitais imagens ou os feitos de Siona Casimiro, mas o triste é que em Angola os jornalistas que abraçam a imprensa privada, infelizmente, não são tidos nem achados, mais ainda quando se trata de morte”, disse Escrivão José.

Siona Casimiro Watulata, foi a figura escolhida por Escrivão José para a inauguração das novas instalações do Jornal Hora H, em Dezembro de 2020.

De acordo com Escrivão, a escolha deveu-se pelo percurso do Jornalista que durante a sua trajectória, manteve sempre a sua actividade lúcida.

“Uma das palavras que Siona Casimiro disse no acto da inauguração foi, vós sois o sal de uma Angola que se renova a cada dia que passa, e outras palavras encorajadoras, portanto, reitero que perdemos uma figura que até teríamos uma estátua dele em Angola,” disse o Jornalista que em nome da equipa de profissionais endereçou sentimentos de pesar a família enlutada.

Siona Casimiro, nasceu a 12 de Maio de 1944, em Matadi, sede provincial do Baixo Congo, República Democrática do Congo. Seus pais oriundos do município de Kuimba, província do Zaire, tinham emigrado para a citada região, na refrega da colonização portuguesa em Angola.

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