CUANDO CUBANGO: REFORÇADO COMBATE AOS CRIMES TRANSFRONTEIRIÇOS

O Governador do Cuando Cubango, José Martins, apelou nesta terça-feira, na cidade de Menongue, aos seus homólogos das regiões namibianas do Kavango East, Kavango West, Otjozondjupa e Zambezi, à unirem sinergias para o combate cerrado aos crimes transfronteiriços que têm causado inúmeros transtornos às populações que vivem ao longo da zona fronteiriça.
José Martins, que falava durante a abertura do simpósio sobre “Avaliação do estado actual das relações bilaterais na fronteira do Cuando Cubango com as regiões namibianas do Kavango East e West, Otjozondjupa e Zambezi”, disse ser necessário tomar-se todas as medidas para que as zonas limítrofes entre as referidas localidades não sejam transformadas em áreas para a prática reiterada de crimes transfronteiriços entre Angola e a Namíbia.
Considerou que é necessário também combater este mal, para que se possa cada vez mais promover a qualidade de vida das populações dos dois países que vivem ao longo da orla fronteiriça.
“Temos que continuar a trabalhar para encontrar soluções para estancar o cometimento de crimes na orla fronteiriça, tendo em conta que os nossos órgãos de Defesa e Segurança interna têm estado a identificar vários delitos ao longo da zona limítrofe, com realce para o auxílio a emigração ilegal, tráfico de armas de fogo, contrabando de combustível, bens de primeira necessidade, roubo de viaturas e gado”, disse.
Segundo o governante, as relações entre os povos angolanos e namibianos são seculares, desde a luta de libertação das duas Nações e que mantêm-se até os dias de hoje, partilhando as mesmas fronteiras, costumes e laços familiares. “É necessário trabalhar-se permanentemente na busca de soluções para a resolução dos problemas que afectam às populações dos dois países e no aprofundamento das cooperações”, defendeu.
Durante o encontro que será realizado entre os dias 13 à 16 do mês em curso, serão debatidos vários temas relacionados com a situação carcerária dos angolanos na Namíbia, assuntos migratórios, contrabando de bebidas alcoólicas, cigarros e combustível, patrulhamento da fronteira comum, crimes da vida selvagem e questões aduaneiras ao longo da orla fronteiriça.
Está também agendado a discussão sobre o comércio transfronteiriço e oportunidades de negócios, situação da agro-pecuária ao longo da fronteira, transumância (êxodo humano e selvagem), patrulhamento conjunto nas áreas de conservação animal, situação familiar ao longo da fronteira, organização das autoridades tradicionais dos dois países e do grupo etnolinguístico Nyemba.
Os marcos territoriais ao longo da fronteira entre o Cuando Cubango e as regiões namibianas do Kavango East e West, Otjozondjupa e Zambezi, também serão tema de discussão, pelos quais o governador José Martins afirmou serem de interesse comum entre os dois países para que se encontre soluções comuns para o bem-estar dos dois povos.
José Martins apontou o fenómeno da transumância como sendo um assunto que deve ser abordado com muito cuidado, pelo facto das condições propícias que as fronteiras entre os dois países oferecem para a pasto de gado.
Disse que o Cuando Cubango com as regiões namibianas do Kavango East, Kavango West, Otjozondjupa e Zambezi, marcaram um passo significante no estreitamento das relações entre as duas famílias e os dois povos.
SEGURANÇA TRANSFRONTEIRIÇA
O cônsul-geral da República de Angola no Rundu (Namíbia), Oliveira Francisco Guilherme, afirmou que a segurança de qualquer país depende dos serviços prestados ao longo das suas fronteiras, sem os quais, corre-se riscos e ameaças para a sua soberania, integridade territorial, bem como, derrube das instituições governamentais e as populações.
Oliveira Francisco Guilherme disse que um país interessado em garantir o bem-estar das suas populações, o território e o funcionamento íntegro das suas instituições, deve investir em homens e meios técnicos para monitorar as suas fronteiras, terrestres, aéreas, marítimas e fluviais, para impedir eventuais infiltrações de oportunistas, que a todo custo usam vários módulos operando para inviabilizar a tranquilidade e ordem interna de qualquer país.
Na ocasião, o diplomata realçou o papel importante que os órgãos de Defesa e Segurança de Angola e Namíbia têm vindo a desempenhar relativamente a circulação de pessoas e bens, para a manutenção da ordem e disciplina ao longo da orla fronteira entre o Cuando Cubango e as regiões do Kavango East, Kuvango West, Otjozondjupa e Zambezi, tendo em conta que as mesmas têm uma grande vulnerabilidade.
“A vulnerabilidade entre as fronteiras dos dois países tem permitido que algumas pessoas ou um grupo de indivíduos de má-fé sejam apenas interceptado no interior dos distintos territórios, sem que as forças desdobradas ao longo das fronteiras se apercebam dos seus movimentos”, disse.
Oliveira Francisco Guilherme disse que o fundo de “pano” do certame, reflecte a vontade dos governadores das regiões do Cuando Cubango, Kavango East, Kavungo West, Otjozondjupa e Zambezi, em tomar decisões que melhorem as necessidades de todos os povos, tendo em conta que, segundo os especialistas na matéria 80 por cento das soluções dos problemas é baseado na relação humana, ao passo que os outros 20 por cento são para questões administrativas.
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