EM ANGOLA: NOVE EM CADA DEZ CRIMES CONTRA JORNALISTAS NÃO SÃO INVESTIGADOS – LUÍSA ROGÉRIO

A Jornalista e Presidente da Comissão da Carteira e Ética (CCE), Luísa Rogério, considerou haver “ muita impunidade” de crimes contra Jornalistas em Angola, afirmando que, nove em cada dez crimes cometidos contra os profissionais da comunicação, não são investigados, apurados ou sancionados os autores, as declarações foram feitas nesta segunda-feira, 5, à margem da conferência de imprensa, realizada pelo Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) onde se convocou uma greve para dizer basta as perseguições contra a classe.
ANNA COSTA
Luísa Rogério que mostrou a sua preocupação com base no segundo assalto sofrido pelo SJA em menos de quinze dias, entende que tais actos têm pendores intimidatórios e ressalta que um ataque ao Sindicato dos Jornalistas é automaticamente um ataque a todos os profissionais da comunicação.
“ Isto é um sinal mau para a Classe, pois que, quando há um ataque ao sindicato é um ataque aos jornalistas todos, quando o líder do sindicato, que é a organização mais representativa da classe, é atacado, todos os profissionais da comunicação devem se sentir atacados, razão pela qual estamos aqui firmes a mostrar que ameaçando Teixeira Cândido, ameaçou os jornalistas”, declarou a Presidente da CCE ao Jornal Hora H.
A número um da Carteira e Ética entende ainda que o facto de o Sindicato ser acutilante e do seu líder tomar posições inequívocas, pode ser uma motivação para que “as pessoas do mal” tentam intimidar o mesmo, e apelou aos jornalistas a não cruzarem os braços.
Rogério, garantiu que enquanto membro da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) vai levar a alertar a Comunidade internacional que a situação do jornalista em Angola está cada vez mais perigosa, afirmando que “ é perigoso ser jornalista em Angola”.
“ Estamos aqui em nome da Carteira e Ética, e somos todos membros do Sindicato e com muito orgulho, quereremos fazer chegar nossas vozes mais longe possível, cá em Angola, naturalmente, o Sindicato já reagiu e eu, enquanto jornalista e membro da FIJ, vou levar a alerta que a situação dos Jornalista está perigosa, a nossa segurança está em risco”.