Luanda não precisa de mais planos novos “para implementação de projectos estruturantes”. Basta que se implemente o que está escrito no Plano Nacional de Desenvolvimento PND ou nas Leis do Urbanismo e Habitação e de Ordenamento do  Território em vigor desde 2004. Estes instrumentos são suficientes.

Podem criar milhões de projectos e planos, mas se não forem implementados para nada servem.

Os planos para o desenvolvimento de um território não podem ser personalizados, ou seja, os projectos não podem apenas ter maior atenção quando o Governador é da extrema confiança do Chefe do Executivo e deste recebe total apoio. Por outro lado, se o Governador é exonerado fica autenticamente “suspenso” o seu projecto de governação, incluindo os planos estratégicos “superiormente” aprovados.

Não há continuidade de projectos e, por conta disto andamos o tempo todo a aprovar planos e a pagar consultores para desenhar novos  projectos que mais se parecem pessoais do que de um Governo, de uma instituição chamada Estado.

Luanda não precisa de novos planos, precisa sim de um projecto de governação cuja implementação não deva ser personalizada.