SERAFIM DO PRADO O “MARIMBONDO” QUE A PGR ESQUECEU?
O antigo governador provincial do Kwanza Sul, Serafim Maria do Prado, acusado de ser um dos governantes mais corruptos e que mais delapidou o erário público durante o regime liderado por José Eduardo dos Santos, a pontos de submeter várias populações rurais aos seus caprichos de poder e enriquecimento, havendo mesmo dados que apontam para a morte de camponeses cujas terras foram expropriadas pelo então governador, depois de um longo período “esquecido”, nos últimos dias, volta a ser notícia, mas sempre pela negativa.
J.A
Serafim do Prado é acusado de ter feito e desfeito, no chamado “tempo das ‘vacas gordas’”, sem nunca ter prestado contas das astronómicas somas que desviou, a pontos de ter estado envolvido em renhidas rixas com o general Higino Carneiro, entre outros, por motivos de apropriação indevida de terras e de fazendas a nível da província do Kwanza Sul.
Pela trajectória de Serafim do Prado, principalmente quando governou o Kwanza Sul, por tudo que tem sido acusado ao longo dos tempos, por todo mal que causou e continua a causar a pacatos cidadãos, principalmente às famílias das regiões rurais, pelas lágrimas e sofrimento causados, há muito tempo que deveria estar a contas com a justiça.
Porém, pura e simplesmente tem sido “esquecido” tanto pelas autoridades judiciais como pelo próprio Titular do Poder Executivo que desfraldou a bandeira da luta contra a corrupção.
Serafim Maria do Prado, que foi governador provincial do Kwanza Sul por cerca de 10 anos, é apontado em diversos círculos da sociedade angolana como o que mais desgraçou aquela região de Angola, expropriou propriedades do Estado, particulares e terras, apoderou-se dos dinheiros públicos e, durante a sua administração, o Kwanza Sul só conheceu retrocesso, a pontos de perder o brilho e a potencialidade em termos agro-pecuários e industriais, entre outros, que sempre ostentou.
Por outro lado é ainda acusado de ter prejudicado a imagem do MPLA nas eleições de 2008. Chegou inclusive a sabotar orientações do presidente do Tribunal Constitucional, Rui Ferreira, que na altura, deu a conhecer que os partidos que quisessem concorrer às eleições teriam de submeter cópia de um certo número de cartão de eleitores de cidadãos nacionais.
Em resposta, Serafim do Prado, enquanto governador provincial do Kwanza Sul, foi à emissora provincial local, fazer um apelo contrário proibindo as populações a não darem cópia dos seus cartões de eleitor aos partidos políticos da oposição. (com agências).
O Jornal Hora H, procurou ouvir os acusados mas por falta da localização e contactos dos mesmos, todo esforço caiu em saco roto.