ZUZU FOR ÁFRICA REAGE A SUSPENSÃO DAS SUAS ACTIVIDADES PELO GOVERNO PROVINCIAL DO BENGO
A organização não governamental Zuzu for África reagiu ao comunicado do Governo Provincial do Bengo (GPB) que determinou a suspensão das suas actividades na província, alegando ter sido surpreendida pela decisão e garantiu que o processo de regularização da sua documentação está em curso junto das autoridades competentes.
REDACÇÃO JORNAL HORA H
Em nota dirigida aos seus colaboradores e ao público que acompanha o seu trabalho, a ONG esclarece que a suspensão foi justificada pelo GPB com base na alegada falta de regularização documental. No entanto, a Zuzu for África assegura que a documentação exigida foi submetida desde 4 de Julho de 2025, encontrando-se ainda em tramitação administrativa.

Para sustentar a sua posição, a organização apresenta vários elementos que, segundo afirma, comprovam o conhecimento prévio das autoridades sobre a sua actuação em território nacional. Entre eles, destaca o protocolo do processo submetido ao Ministério da Justiça, bem como um ofício do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR), datado de 2019, no qual terá sido solicitado visto para a responsável legal da organização, evidenciando o reconhecimento inicial da sua presença no país.
A ONG refere ainda possuir um Comprovativo Fiscal de Registo de Contribuinte (NIF), emitido a 26 de Março de 2025, que reconhece a entidade Zuzu pelo Mundo como associação registada junto da Administração Geral Tributária (AGT). Acresce, segundo a nota, um convite oficial datado de 17 de Novembro de 2025, endereçado à Governadora da Província do Bengo e ao Administrador Municipal, para participação no evento “Natal Zuzu”, o que, na óptica da organização, demonstra o conhecimento, ao mais alto nível, das suas actividades.
A Zuzu for África recorda que está presente na comunidade há cerca de oito anos, período durante o qual afirma ter desenvolvido acções voltadas para o desenvolvimento social e a inclusão, tendo recebido visitas de autoridades, elogios ao seu trabalho e contribuições pontuais que reforçaram as suas iniciativas.
Apesar do impasse, a organização diz manter-se confiante numa resolução célere da situação, reiterando o compromisso de continuar a cumprir a missão social que orienta as suas actividades, aguardando o desfecho do processo de regularização em curso.



