O Governo Provincial do Bengo manifestou, nesta segunda-feira, 15, preocupação e estranheza face à actuação de uma Organização Não Governamental denominada Zuzu for Africa, instalada no território nacional, com maior incidência na província do Bengo, concretamente no município do Panguila, localidade das Burgalheiras.

ANNA COSTA

Segundo uma nota tornada pública pelo Gabinete de Comunicação Social do GPB, após tomar conhecimento da presença da referida organização, a Administração Municipal do Panguila, no exercício das suas competências e em articulação com outros órgãos afins do Estado, estabeleceu contactos com a ONG, tendo concluído que a mesma não possui situação jurídica regularizada para o exercício de actividades no país.

O Governo Provincial do Bengo esclarece que não se opõe, nem jamais se oporá, à realização de acções filantrópicas, solidárias ou de doações promovidas por pessoas singulares ou colectivas, sublinhando que tais iniciativas são bem-vindas por contribuírem de forma significativa para o desenvolvimento social das comunidades. No entanto, o Executivo provincial ressalva que essas actividades devem ser realizadas no estrito cumprimento da lei, sem exposição indevida das populações, aproveitamentos ou fins inconfessos, e devidamente autorizadas pelas autoridades competentes.

Diante da inexistência de autorização legal, o Governo Provincial determinou que a organização regularize, em primeira instância, a sua situação jurídica, antes de retomar qualquer actividade na província.

Em consequência, o GPB decidiu suspender todas as actividades da ONG Zuzu for Africa em toda a extensão da província do Bengo, até que estejam criadas as condições legais e objectivas para a eventual continuidade do seu trabalho.

O Governo Provincial do Bengo reafirma, por fim, o seu compromisso com o cumprimento da lei, a defesa da ordem institucional e a protecção do interesse público, lê-se na nota assinada pelo Gabinete de Comunicação Social, em Caxito, aos 15 de Dezembro de 2025.