FIJE ENVIA PARA PORTUGAL 150 BOLSEIROS ANGOLANOS

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Cerca de 150 jovens angolanos estão a deslocar-se para Portugal, ao longo deste mês, para frequentar o ensino médio em instituições técnicas parceiras do Fórum Internacional de Jovens com as Embaixadas (FIJE). O segundo grupo partiu neste domingo, 23, num programa de intercâmbio académico que resulta de vários memorandos assinados pela organização com centros de formação portugueses.

ANNA COSTA

Américo Tomás, porta-voz do projecto de bolsas de estudo do FIJE, explicou que os acordos foram firmados pelo presidente da organização durante uma missão recente a Portugal, tendo agora chegado o momento da sua implementação.

“Temos quatro parceiros estratégicos que estão a receber os estudantes desde o final de Outubro. Este é o segundo grupo a viajar e, na próxima semana, seguirá o terceiro, que vaio completar a primeira fase com 150 alunos enviados para Portugal”, afirmou.

Os estudantes angolanos serão formados em ciências sociais, computação, ciências exatas e ciências da saúde, no âmbito de programas específicos para o ensino médio. Segundo o porta-voz, a organização prepara-se para expandir o projecto ao ensino superior.

Adiantou ainda que, na semana seguinte, o presidente do FIJE viajará novamente a Portugal para assinar um novo memorando de entendimento, que vai garantir vagas também para o ensino universitário. O que vai permitir que mais jovens prossigam à formação em Portugal”,

Clinton Matias, presidente do FIJE, destacou a importância social do programa e reconheceu o apoio prestado pelo Estado angolano. “Estes jovens são aqueles em quem depositamos a esperança de contribuir para o desenvolvimento do país. Queremos que tenham contacto com outras realidades e regressem preparados para aplicar o conhecimento adquirido”, disse.

O dirigente sublinhou ainda que o FIJE tem trabalhado há vários anos para ampliar o acesso à educação no exterior, especialmente para jovens em situação de vulnerabilidade económica.

“Focamo-nos naqueles que têm vontade de estudar, mas não possuem meios financeiros. Com o apoio dos parceiros internacionais e do Executivo, conseguimos abrir estas oportunidades.”

O processo de selecção privilegiou estudantes com bom aproveitamento escolar e perfil exemplar. As candidaturas foram abertas a todas as províncias do país, segundo explicou o presidente.

“Após recebermos os currículos, analisámos o desempenho académico e o contexto social dos candidatos. Reitero que as nossas bolsas destinam-se apenas aos jovens vulneráveis que desejam estudar, mas não têm recursos para custear a formação”, esclareceu Clinton Matias.

Além de Portugal, o FIJE mantém igualmente memorandos assinados com instituições do Brasil, visando multiplicar oportunidades de formação para jovens angolanos.

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