O Bureau Político do MPLA aprovou, nesta quinta-feira, 13, durante a reunião orientada pelo Presidente João Lourenço uma resolução para a indicação de Adão de Almeida ao cargo de presidente da Assembleia Nacional em substituição de Carolina Cerqueira.

A decisão foi tomada durante uma reunião orientada pelo Presidente do partido e da República, João Lourenço.

A nomeação, embora esperada por círculos próximos ao poder, marca uma mudança de peso na hierarquia do Estado e aumenta a percepção de que Adão de Almeida poderá estar a ser preparado como sucessor directo de João Lourenço.

A Assembleia Nacional é, constitucionalmente, o segundo mais alto órgão de soberania, e a sua presidência é um dos cargos de maior visibilidade e influência política do país.

Adão de Almeida, ex-ministro de Estado e uma das figuras discretas mas altamente estratégica e consensual no seio do MPLA, tem sido apontado nos bastidores políticos como uma das peças-chave na engrenagem da sucessão presidencial.

O seu perfil técnico, disciplinado e leal à linha do partido torna-o um candidato natural à liderança num eventual pós-Lourenço.

Discreto, técnico e de reconhecida lealdade ao partido, Adão de Almeida tem vindo a consolidar-se como uma figura central na engrenagem do poder.

A sua ascensão à presidência da Assembleia Nacional pode ser vista como o início de um processo mais amplo de transição interna no seio do regime, num momento em que a sucessão de João Lourenço começa a dominar os bastidores da política angolana.

O simbolismo é ainda mais profundo: Adão de Almeida segue os passos do pai, o Roberto António Victor Francisco de Almeida, que também presidiu à Assembleia Nacional.

Essa continuidade familiar no topo da estrutura do Estado amplia os rumores de que o MPLA esteja a criar uma linha sucessória com raízes históricas e políticas bem definidas, consolidando a presença de figuras com peso dentro do aparelho partidário e institucional.