Na manhã desta segunda-feira, 03, circularam imagens do jovem de 23 anos, identificado por Simão Esteves, que supostamente cometeu suicídio, no último fim-de-semana, por conta das más condições socio-económicas do país, reveladas numa carta com a seguinte informação: “Até a próxima encarnação, este não é o país que eu sonhei”, uma discrição que, segundo informações, foi escrita pelo jovem antes de cometer o acto.

LUISA MUDILO

Segundo às informações apuradas pela equipa do Jornal Hora H que, deslocou-se até a residência onde decorre o óbito, sedeada no bairro da Pedreira, município de Cacuaco, os familiares afirmaram que, o malogrado nunca aparentou sofrer de distúrbios mentais e não manifestava comportamentos anormais que o levaria a tirar a sua vida, por isso, eles descartam o suicídio como a origem da morte do seu ente-querido. 

António Esteves, irmão do Simão Esteves lamenta pela publicação das fotos do malogrado sem autorização da família e relata que, Simão trabalhava com “Relações Sociais” de fronte ao Ministério das Relações Exteriores, onde actuava como auxiliar daqueles que pretendem tratar documentos, ocupando vagas para posteriormente vendê-las.

O familiar revelou que, há alguns dias recebeu a informação da namorada de Simão, que vive na província do Uíge, sobre uma ligação de ameaça dum jovem a alegar que, ”Simão teria o burlado, estava com a sua documentação e recebeu mais de 70 mil kwanzas”. Esta narrativa, o leva a crer que o seu irmão não cometeu suicídio e pede que o Serviço de Investigação Criminal investigue aprofundadamente o caso para que se encontre o autor do suposto “homicídio”.

Abalada, a irmã do malogrado Gertrudes Esteves, descreve Simão como um jovem calmo, inteligente e trabalhador, entretanto nega-se a acreditar que teria optado por esta via para dar fim ao seu sofrimento.

De referir que, os restos mortais do jovem natural do Puri, Província do Uíge, foram encontrados na Vala de drenagem do Primeiro de Maio e de acordo com os dados, foi removido sem a presença dos familiares.