O secretário-geral do Sindicato dos Oficiais de Justiça de Angola (SOJA), Joaquim Brito Teixeira, afirmou esta sexta-feira, em conferência de imprensa realizada na sala da UNTA-CS, que o sindicato está preparado para exigir a exoneração imediata do ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Marcy Lopes, caso o governante continue a recusar o diálogo com a classe.

ANNA COSTA

De acordo com Brito Teixeira, a greve dos oficiais de justiça, que decorre desde Outubro, deverá manter-se até 14 de Novembro, mas poderá evoluir para acções mais firmes se não houver resposta do Executivo.

“Nós temos noção de que vamos sofrer com esses descontos salariais por conta da greve, e ela tem o seu término no dia 14 de Novembro. Se neste interregno o senhor ministro Marcy Lopes continuar com o braço de ferro ou cruzado, nós vamos dizer ‘tudo bem’ e vamos continuar a greve”, afirmou.

O líder sindical sublinhou que o SOJA não procura o confronto, mas sim soluções concretas para os problemas que afectam os oficiais de justiça.

“O SOJA não quer confrontos. O SOJA quer solução, e para haver solução é preciso sentar-se à mesma mesa. É isso que o SOJA precisa”, destacou.

No entanto, Joaquim Brito Teixeira foi categórico ao afirmar que, se persistir o silêncio do ministro, o sindicato avançará com uma acção popular, e, em última instância, convocará todos os oficiais de justiça do país para subscreverem um pedido formal de exoneração de Marcy Lopes.

“O próximo passo, não havendo resposta da parte do senhor ministro, será partir para uma acção popular. E não havendo resposta nesta acção popular, vamos solicitar a todos os oficiais de justiça de Angola que subscrevam para a exoneração imediata do senhor ministro”, declarou.