JURISTA MANUEL CANGUNDO ACUSA PRESIDENTE JOÃO LOURENÇO DE INCENTIVAR A CORRUPÇÃO EM ANGOLA

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O jurista e docente Manuel Cangundo acusou o Presidente da República, João Lourenço, de recorrer com frequência a ajustes diretos na adjudicação de várias infraestruturas públicas — uma prática que, segundo afirma, favorece a corrupção e o monopólio, contrariando as promessas feitas pelo Chefe de Estado no início do seu mandato.

ANGELINO CAHANGO

De acordo com Cangundo, a actuação do actual Executivo repete os mesmos vícios que João Lourenço havia criticado no seu antecessor, José Eduardo dos Santos.

“Ele criticou o seu antecessor José Eduardo dos Santos, mas o que vemos agora com estas novas construções? Como é que são feitos os contratos? Em José Eduardo isso era considerado corrupção, e em João Lourenço não?”, questionou

Flando ao Jornal Hora H, o também professor manifestou preocupação com as constantes contratações da empresa Omatapalo, sublinhando que existem várias outras empresas no setor da construção civil que poderiam ser igualmente consideradas.

“Vemos que só a Omatapalo está a fazer as construções. Isso demonstra a existência de um monopólio do Estado”, afirmou.

Manuel Cangundo acrescentou ainda que a construção de grandes hospitais tem servido como porta de entrada para o enriquecimento ilícito, beneficiando determinados grupos económicos próximos do poder liderado pelo MPLA.

“Estes hospitais megalómanos não são construídos para o bem público, mas sim para tornar muitos dirigentes do MPLA ricos”, denunciou.

Por fim, o jurista defendeu ser urgente que o Executivo adote políticas mais transparentes e priorize investimentos em infraestruturas essenciais, com o objetivo de garantir o verdadeiro bem-estar da população.

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