No âmbito do projecto Unidos por Angola, o Movimento de Apoio Solidário de Angola (Movangola) realizou nesta sexta-feira, 17, um colóquio dedicado às conquistas alcançadas ao longo dos 50 anos de independência nacional. O evento, que decorreu nas instalações da Faculdade de Direito da UAN, reuniu distintas personalidades do mosaico político, autoridades tradicionais, estudantes e representantes da sociedade civil, com o propósito de promover a reflexão sobre o percurso histórico do país e o papel das instituições na preservação da paz e da coesão nacional.

ANNA COSTA

Durante o encontro, a vice-presidente do MPLA, Mara Regina Quiosa, destacou o contributo das organizações da sociedade civil na consolidação das conquistas alcançadas desde 1975, sublinhando o seu papel como ponte entre a população e o Estado.

“As organizações da sociedade civil contribuíram significativamente, muitas vezes servindo de elo entre a população e o Estado, especialmente na implementação de políticas sociais. A juventude, em particular, deve continuar a ser o centro desta nova etapa, com associações juvenis, académicas e culturais a funcionarem como incubadoras de inovação social e política”, afirmou.

A dirigente ressaltou ainda que o Executivo tem reforçado o diálogo social permanente com sindicatos, igrejas, fundações e associações e reconheceu a importância dessas entidades na consolidação da paz e da estabilidade.

“O futuro da nossa democracia dependerá da capacidade de conciliar o papel dirigente do Estado com a vitalidade da cidadania organizada, assegurando um caminho para um futuro mais justo, solidário e participativo”, frisou.

Por sua vez, o director-geral da Sociedade Mineira de Catoca, Benedito Manuel Paulo, abordou o contributo do sector mineiro para o crescimento económico e o reconhecimento internacional de Angola.

No seu entender, a reestruturação do sector mineiro tem sido amplamente aplaudida, fortalecendo a credibilidade do país e atraindo investimento estrangeiro. “ Angola conta hoje com empresas certificadas internacionalmente, resultado do esforço de criação de um capital humano qualificado e competitivo”, destacou.

Já o presidente do Movangola, António Alcino Sawanga, explicou que o colóquio insere-se no projecto Unidos por Angola, iniciativa patriótica que visa fortalecer a voz dos cidadãos e promover a unidade nacional.

“O nosso objectivo é reconhecer os avanços registados desde a independência, exaltando as conquistas da paz e da estabilidade, e envolver a juventude na moralização da sociedade. Acreditamos que a força motriz do país continua a ser a sua juventude”, afirmou.

Sawanga adiantou ainda que o movimento pretende continuar a mobilizar cidadãos e organizações da sociedade civil para acções conjuntas que reforcem os valores da independência e da cidadania participativa.

A realização do colóquio reafirma o compromisso do Movangola com a preservação das conquistas da independência e com a construção de um futuro mais inclusivo e solidário para Angola.