TENSÃO POPULAR CAUSA DECLÍNIO DO GOVERNO DE MADAGÁSCAR APÓS MORTE DE 22 PESSOAS

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Três dias de manifestações em Madagáscar foram suficientes para o declínio completo do governo daquele país. A decisão foi tomada pelo Presidente Andry Rajoelina que, na noite de segunda-feira, em transmissão televisiva, anunciou a demissão de todo o Governo, inclusive o Primeiro-ministro, Christian Ntsay, no cargo desde 2018.

Porém, o Presidente não se demitiu como desejavam os manifestantes.

“Ouvi as vossas vozes, os vossos pedidos. E peço desculpa se membros do Governo não fizeram o trabalho que o povo esperava. […] De acordo com o artigo 54° da Constituição, decidi colocar um ponto final às funções do Primeiro-Ministro e do seu Governo. Vamos constituir um Governo que trabalhará para o povo. Por conseguinte, para aqueles que desejam servir o país longe da corrupção, que desejam o bem do povo, que possuam as competências necessárias para liderar determinados departamentos ministeriais, convido-os a candidatarem-se”, disse Andry Rajoelina.

Durante as reivindicações, 22 pessoas morreram e centenas ficaram feridas pelas forças de segurança, segundo os dados das Nações Unidas.

No seu discurso, Presidente malgaxe, Andry Rajoelina, aproveitou endereçar uma mensagem de condolências às famílias das vítimas.

“Sinto-me solidário com aqueles que perderam familiares e desejo uma rápida recuperação aos feridos. Também me solidarizo com aqueles que foram roubados e perderam os seus bens”.

Ainda assim, apesar da queda do Governo, os manifestantes, conforme apura-se nas redes sociais, estão “decepcionados” porque o “Presidente não pediu desculpas e não se responsabilizou pelas violências cometidas pelas forças de segurança”.

Por isso, de acordo com as informações veículadas nos meios de comunicação, um novo apelo foi emitido pelos manifestantes para prosseguirem com os protestos.

Vale salientar que na segunda-feira, 29, milhares de jovens malgaxes protestaram pelo terceiro dia consecutivo contra os cortes de água e de electricidade, bem como para o respeito das liberdades fundamentais.

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