O deputado e líder da JURA, braço juvenil da UNITA, Nelito Ekuikui, afirmou, recentemente, que o PRA-JA Servir Angola, de Abel Chivukuvuku, era o elo mais fraco da Frente Patriótica Unida (FPU), uma aliança criada pela oposição com a perspectiva de alternância do poder.

NDOMBI ZADIMENGA

A afirmação surge um tempo depois da desvinculação do PRA-JA à FPU, tão logo que deixou de ser um projecto e passou para partido político. A saída desta formação política da FPU não agradou em nada os membros da UNITA, que indutaram Abel Chivukuvuku de “traidor”.

“É bom que fique claro, que não é o elemento mais fortemente, é o elemento mais fraco”, disse Nelito ao referir-se ao Chivukuvuku e o seu partido.

Justificando que o PRA-JA, na altura, sequer tinha personalidade jurídica. Ao contrário do Bloco Democrático, outro constituinte da aliança, que tinha personalidade jurídica e era o grupo que trazia mais cérebros, mais pensamentos para o plano de governação e até estratégias de campanha eleitoral em 2022.

“O PRA-JA nasce na essência de um político que é filho da UNITA. Foi formado pela UNITA, serviu o partido durante 37 anos, como militante e dirigente político da UNITA. Quem lhe fez homem é a UNITA, formado na visão do Presidente Savimbi”, sublinhou o deputado.

O dirigente da JURA referiu que, a visão da unidade da oposição foi do líder do “Galo Negro”, Adalberto Costa Júnior, várias vezes contestada por altos dirigentes da UNITA, mas ele fez valer a sua visão de construir o país e foi resgatar aquele quem considerava irmão e companheiro de luta “para que tivesse um espaço para continuar na política”.

“Volvidos dois anos, a caminho de três, este mesmo resgatado traiu a FPU. Traiu. É bom que seja dito aqui, de forma muita clara. Traiu o projecto, e não traiu a UNITA, traiu Angola”, disse Nelito Ekuikui, de ânimos exaltados, durante uma entrevista na Rádio Despertar.

“Estou certo de que depois de sair desse estúdio, as milícias do PRA-JA vão me atacar”, finalizou.