PARABÉNS BD (BLOCO DEMOCRÁTICO –  DEMOCRACIA INTERNA NOS PARTIDOS POLÍTICOS EM ANGOLA-KAMALATA NUMA

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A democracia interna é um dos pilares estruturantes da vida partidária e um elemento fundamental para a credibilidade dos partidos políticos no Estado Democrático de Direito. No caso da UNITA, este princípio acompanha o Partido desde os tempos de Movimento de Libertação, sendo parte integrante da sua linha histórica conhecida como Revolução Democrática.

Ao longo da sua trajectória, a UNITA realizou os Congressos Ordinários I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII como Movimento de Libertação.

A partir do IV Congresso Ordinário, a UNITA iniciou a transição de Movimento de Libertação para Partido Político, com a introdução de um sistema de votação simbólica para o cargo de Presidente do Partido.

Esta inovação tinha como objectivo avaliar o nível de entropia democrática dos Órgãos de Direcção do Partido.

Em 2003, com a realização do IX Congresso Ordinário da UNITA, foram introduzidas as múltiplas candidaturas para a presidência do partido, um avanço decisivo na consolidação da democracia interna.

Desde então, a UNITA tem aprofundado mecanismos que reforçam a participação e a pluralidade interna, consolidando-se como referência democrática no contexto político nacional.

O Bloco Democrático (BD) destaca-se como outro exemplo de práticas consistentes de democracia interna. Para além da eleição do Presidente, o partido estendeu o sufrágio ao cargo de Vice-Presidente e ao de Secretário-Geral, ampliando assim a participação dos seus militantes nas decisões estruturantes.

Em contrapartida, partidos políticos como o MPLA caminham na direcção oposta, privilegiando um modelo de poder concentrado em personalidades únicas.

As candidaturas unipessoais sem voto secreto perpectuam a lógica do partido-personagem.

Em alguns casos, verifica-se a figura do “Presidente dono do Partido”, cercado por bajuladores e estruturas corruptas, em detrimento da democracia interna.

Com a realização do XIV Congresso Ordinário, a UNITA tem diante de si desafios em dar um salto qualitativo na construção da democracia interna.

Desafio que se estende a consolidação como partido democrático credível que fortalece a sua identidade como actor político central na construção de Angola como potência política, económica, social e cultural no contexto das nações.

A prática da democracia interna é um marco distintivo entre partidos comprometidos com a renovação e partidos presos a estruturas de poder centralizadas.

A UNITA, com o seu percurso de avanços internos, e o Bloco Democrático, com a ousadia de ampliar os cargos electivos, mostram que é possível aprofundar a democracia no seio dos partidos políticos angolanos.

Já partidos que resistem a estas mudanças arriscam-se a permanecer reféns de personalismos, bajulação e corrupção.

Parabéns ao Bloco Democrático por esta lição de democracia interna, e que sirva de inspiração para todos os partidos em Angola.

OBRIGADO!

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